Daniela Cardoso e Ney Silva 

 
O secretário estadual de Relações Institucionais, César Lisboa, adiou a visita que faria na manhã desta quarta-feira (26) a Famfs (Fundação de Apoio ao Cidadão de Mobilização Social de Feira de Santana). O convite para a visita do secretário foi feito pelo líder do governo, o deputado estadual Neto (PT), que esteve na sede da entidade, acompanhado de assessores. Segundo ele, César Lisboa foi acometido por uma virose no final da tarde de ontem e adiou a visita para janeiro, em data a ser definida
 
 
A visita do secretário tinha objetivo de verificar a real situação da Famfs, que está com suas atividades prejudicadas por falta de recursos. Segundo José Neto, o Governo do Estado está interessado em ajudar a entidade para que ela possa voltar a atender a comunidade. “A Famfs precisa de um apoio imediato. Aqui existe um problema grave com relação aos programas federais”, afirmou o deputado.
 
Ele reconhece que o presidente da entidade, Antônio Lopes, tinha um grande empreendimento do ponto de vista social e que houve solução de continuidade em alguns programas do Governo Federal impedindo o repasse de recursos, incluindo os do Estado
 
Na opinião de José Neto é preciso buscar alternativas porque o empreendimento é grande e atendeu três mil crianças e precisa do apoio dos governos Estadual e Federal. Ele acredita que o retorno das atividades na Famfs vai evitar que crianças e adolescentes possam ser vítimas de violência, ou se envolverem com drogas.
 
 
O presidente da entidade, Antônio Lopes, informou que a Famfs  atendeu 300 mil crianças, em 134 cidades da Bahia, desde que foi fundada, em 1990. Ele lembra também que a Famfs produziu mais de três milhões, cento e trinta mil itens de material esportivo distribuído para 105 países. Além disso, explica Lopes, a entidade  representou o Brasil 15 vezes em várias oportunidades, sendo recebido pelo Papa e pelo presidente da Alemanha.
 
Dificuldades
 
O assessor jurídico da Famfs, Dilson Barbosa, informou que a maior dificuldade da entidade é resolver débitos trabalhistas que chegam a quase 1 milhão de reais. Sem esses recursos, explica Barbosa, para honrar os compromissos será difícil firmar convênio, seja com o governo do estado ou com o governo federal. Ele acredita que se a direção da Famfs tivesse pelo menos 700 mil reais, poderia negociar esse débito e resolver a situação