Roberta Costa
Feira de Santana
Falta de estrutura do Corpo de Bombeiros põe em risco a vida da população
Segundo o estudo do Governo Federal, acontecem, em média, 200 mil incêndios por ano no Brasil. São mais de 500 por dia
Falta de estrutura do Corpo de Bombeiros põe em risco a vida da população
Falta de estrutura do Corpo de Bombeiros põe em risco a vida da população
Falta de estrutura do Corpo de Bombeiros põe em risco a vida da população
Falta de estrutura do Corpo de Bombeiros põe em risco a vida da população
Ontem (07) o programa Fantástico (Rede Globo) mostrou as dificuldades enfrentadas pelo Corpo de Bombeiros em todo o Brasil.
De acordo com a matéria, contar com a sorte para apagar incêndios é comum no Brasil. Segundo um estudo do Ministério da Ciência e Tecnologia, em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT), apenas 14% dos 5570 municípios do país têm bombeiros e onde tem, a estrutura é precária.
Segundo o estudo do Governo Federal, acontecem, em média, 200 mil incêndios por ano no Brasil. São mais de 500 por dia.
Piauí – Das 224 cidades do Piauí, apenas quatro contam com quartel do Corpo de Bombeiros. Uma pesquisa do Ministério da Justiça mostra que, no Piauí, há um bombeiro para cada grupo de 9.430 habitantes. É a pior proporção do país.
No Brasil, no que se refere a efetivo, apenas o Distrito Federal e os estados do Amapá e do Rio de Janeiro seguem os padrões internacionais de segurança.
Feira de Santana – Em relação aos incêndios que aconteceram recentemente, o vereador Wellington Andrade (PTN) chamou a atenção para o risco de incêndio na Rua Sales Barbosa.
“A Sales Barbosa é uma tragédia anunciada. Ainda pode acontecer um incêndio ali. É preciso que o município e o estado se unam para combater e prevenir incêndios na cidade. A Sales Barbosa é um amontoado de material inflamável, tanto por parte dos comerciantes formais, como sobretudo dos informais, que obstruem as artérias e os hidrantes”, disse o edil.
Na ocasião, a população cobrou melhorias no Corpo de Bombeiros da cidade e o estado disse que ia buscar soluções para o problema.
Luis Américo, coordenador da Defesa Civil do município disse que a água não chegou no tempo hábil aos hidrantes.
“É preciso rever a situação dos hidrantes na cidade e a rede de abastecimento de água. Pois a água demora para chegar aos hidrantes, o que prejudica o trabalho do Corpo de Bombeiros”.
De acordo com o deputado Zé Neto (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa (ALBA), o estado está fazendo a sua parte para melhorar a prevenção e o combate a incêndios.
“O Estado está investindo mais de R$1 milhão no Corpo de Bombeiros. Estamos em um processo final de licitação para comprar pelo menos 15 carros de bombeiros. Destes, dois virão para Feira de Santana. Parece que não estamos fazendo nada, mas estamos fazendo, e muito”.
O dono da loja Léo Modas, Diego Xavier, relembra o drama que viveu no dia do incêndio.
“Na época não tinha água nos hidrantes. Hoje eu acho que continua do mesmo jeito. O fogo teve que ser combatido pelo telhado da loja, pois o carro dos bombeiros não possuía escada do tipo magirus. E, se acontecer outro incêndio, não tem como entrar, pois a maioria das barracas são chumbadas, não tem como retirar”.
Na oportunidade, ficou decidido que a reordenação do centro comercial, será iniciada pela Rua Sales Barbosa.
No entanto, o comerciante Diego Xavier disse que não acredita no projeto.
“Eu não acredito. Já tivemos tantos projetos como esse, que não saíram do papel”.
Já o vendedor ambulante Carlos Moraes Costa vê no projeto a esperança para melhorar a segurança da rua.
“Tem barraca até na porta das lojas. É muito desorganizado. Comerciantes e clientes trabalham com medo. Eu acredito no projeto. Se tiver como organizar, vai mudar para melhor”.
Enquanto a situação não é resolvida, os comerciantes e clientes convivem com o medo de que uma tragédia aconteça.
“A gente precisa de ajuda. Onde estão os órgãos competentes. Quantas lojas Feira tem? Imagine se esse incêndio – que aconteceu na Sodine – acontece na Sales Barbosa?”, perguntou o funcionário Luis Claudio, que trabalha numa empresa vizinha à Sodine.
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