Daniela Cardoso
Proprietários de bares e cantores que se apresentam nesses estabelecimentos estão insatisfeitos com o rigor na fiscalização da chamada Lei do Silêncio, em Feira de Santana. Eles não são contra a lei, mas acham que a equipe de fiscalização está muito intolerante. Os comerciantes realizaram uma reunião na noite desta terça-feira (30) onde discutiram a situação.
A
cantora Celi Noblat defende que deve haver um
meio termo, no
sentido de se
não beneficiar,
também não prejudicar as
pessoas que vivem da música,
que vivem de
alugar som e
que trabalham nos bares.
Ela afirmou que a lei
deve ser cumprida,
mas de
uma forma
que não atrapalhe o
trabalho dos
músicos.

“Eu gostaria que houvesse um pouco de sensibilidade. Eles devem observar com cuidado o que pode ser feito para amenizar a situação, porque a maioria dos músicos vive quase que exclusivamente da música. Recentemente eu me apresentava em uma pizzaria da cidade, a fiscalização chegou e solicitou que eu abaixasse o som. Eu não fui desobediente, mas tive que acabar o show e perdi meu cachê”, relatou.
Silmário Pereira,
conhecido como Bayá dos
Teclados,
também teve o
som apreendido e
reclamou da
rigorosidade da fiscalização.
“Eu estava tocando em um
barzinho e o
pessoal do
meio ambiente chegou.
Eu não acho errado a
fiscalização, e
sim a forma
como eles me
abordaram.
Eles apreenderam minhas caixas de
som e
eu fiquei impossibilitado,
pois tinha uma formatura no
outro dia de
manhã na cidade de Santo
Estevão.
Já conversei com o
secretário e
não estou discutindo a lei, e
sim a forma
como estamos sendo autuados”,
afirmou.
A Comerciante Maria das Dores, conhecida como Mariazinha, sugeriu que a equipe da secretaria do Meio Ambiente desse pelo menos um prazo para os comerciantes se adequarem. “Eles não deveriam chegar e levar o material. E a nossa responsabilidade? Nós geramos empregos temos compromissos e temos que cumprir!”, destacou.

Após a reunião, a comissão de comerciantes e músicos decidiu que irá até o prefeito José Ronaldo de Carvalho, solicitar um pouco mais de tolerância na fiscalização da lei.
As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade