Ilani Silva
O Centro de Recuperação Esquadrão Redentor (Crer) está disponibilizando 30 vagas para o tratamento de recuperação da dependência química em adolescentes de faixa etária entre 12 e 17 anos.
No local, os jovens são assistidos por uma equipe técnica composta por pedagogo, educador físico, psicólogo, e assistente social que promovem atividades sócio-educativas como o desenvolvimento pedagógico, prática de esporte, atendimentos individuais psicoterápicos e assistência espiritual.
Segundo a coordenadora do Crer, Inara Francinete Bastos (foto), o centro já trabalha com adultos há 27 anos e atualmente está lançando uma nova proposta de recuperação para adolescentes onde desenvolve e restabelece o individuo em seis meses para a reinserção social.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o ex-traficante de drogas Antônio*, 35 anos, revelou que há sete meses está freqüentando o Crer para se manter livre das substâncias psicoativas.
Ele começou a usar maconha com 18 anos, mas já convivia num ambiente familiar de pessoas que trabalhavam com o tráfico de drogas.
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“Eu achava que era normal, comecei com a maconha, depois usei cocaína e conheci o crack que causou a minha destruição mais ainda”, disse.
Quando usava drogas, Antônio sentia um prazer momentâneo, uma sensação de liberdade, ele buscava esquecer os problemas e curtir o efeito das substancias. A dependência contribuiu para que o rapaz se dedicasse exclusivamente ao consumo de crack.
“Todas as drogas destroem o ser humano, mas o crack ele não prejudica só o usuário, mas todos que estão em volta do individuo, amigos, família. Todos são afetados”, informou.
Com o despertar da consciência, Antônio que também é pai de cinco meninas refletiu sobre a vida e a necessidade de cuidar de sua família. Buscou ajuda do Crer e não mais utiliza drogas.
O Centro de Recuperação Esquadrão Redentor fica localizado na estrada Feira/São Gonçalo – Fazenda Tapera. Os interessados também podem ligar para o número (75) 3546-8417. As informações são do repórter Ed Santos do programa Acorda Cidade
*O nome Antônio é fictício para preservar a identidade do ex-usuário
