Daniela Cardoso

O presidente da Coopetrafs (Cooperativa de Transporte Alternativo de Feira de Santana), José Vicente, esteve na manhã desta sexta-feira (9) no programa Acorda Cidade, onde informou que a cooperativa conseguiu uma liminar que ordena que as vans do SIT (Sistema Integrado de Transporte) retornem e os micro-ônibus deixem de fazer a alimentação
 
“Estamos neste sofrimento e saiu a sentença concedida pela juíza, Ana Maria dos Santos Guimarães, onde reconheceu que a gente não quebrou o contrato e sim o Sincol pela falta de pagamento”, afirmou.
 
Os micro-ônibus das empresas 11 de Setembro e Princesinha começaram a fazer o trabalho de alimentação no dia 22 de outubro deste ano, após a Coopetrafs cobrar do Sincol (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Feira de Santana) o pagamento de salários atrasados, além de ameaçar suspender o serviço gratuito e voltar a cobrar a passagem de R$ 2,50.
 
O Sincol ainda rescindiu o contrato com a Coopetrafs e alegou que a entrada dos micro-ônibus na alimentação do SIT foi uma medida para não deixar a população sem transporte, pois teria recebido uma notificação da cooperativa, que também teria sido enviada a prefeitura, dizendo que as atividades do serviço alimentador seriam paralisadas, porém a Coopetrafs garantiu que a paralisação dos serviços não ocorreu.
 
De acordo José Vicente, a juíza pede que os micro-ônibus sejam retirados imediatamente, porque o serviço pertence à Coopetrafs que nunca deixou de fazê-lo. Ele disse ainda que apesar da decisão da juíza, os micro-ônibus continuam na linha.  
 
“A SMTT (Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito) não agiu para que a sentença da juíza fosse cumprida. Imediatamente entramos em contato com nosso advogado que solicitou que a secretaria cumpra a sentença e nos mande as nossas ordens de serviço, pois estamos trabalhando com as do mês anterior”, afirmou.
 
O presidente da cooperativa disse que a situação de alguns prestadores de serviço é difícil, pois com o atraso, que agora já chega há mais de 100 dias, não estão tendo condições nem mais de trabalhar, já que não têm recursos para abastecer os veículos.
 
“Já estamos até fazendo ‘vaquinha’ para ajudar aqueles que não têm recurso para trabalhar. Estamos aguardando do prefeito [Tarcízio Pimenta] que nos prometeu resolver este impasse”, declarou acrescentando que agora está tentando resolver o problema na justiça.
 
“Estamos com uma liminar solicitando que esse pagamento seja feito de imediato. Se não, não teremos condições de trabalhar. Eu acredito que quando sair o dinheiro, os problemas do transporte alimentador acabam”, afirmou.