Feira de Santana
Serviço de transporte público é debatido em audiência pública na Câmara Municipal
O presidente da Coopetrafs, José Vicente Silva, pediu ajuda. Ele afirmou que os motoristas das vans alimentadoras estão sofrendo, devido ao atraso no pagamento.
Daniela Cardoso
A câmara Municipal debateu na manhã de sexta-feira (26) a situação do serviço de transporte público em Feira de Santana. Representantes da prefeitura e da Coopetrafs (Cooperativa de Transporte Alternativo de Feira de Santana) estiveram presentes no evento. O Sincol (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Feira de Santana) não mandou representantes e encaminhou apenas uma carta.
O vereador Marialvo Barreto, que presidiu a audiência, afirmou que existe um desmando no transporte coletivo de Feira de Santana, que segundo ele, é mandado pelo Sincol. “A prefeitura abriu mão de gerenciar o SIT (Sistema Integrado de Transporte) e passou para o Sincol, que acha que tem o poder, mas a justiça será feita”, disse.
O advogado da Coopetrafs, Ronaldo Mendes, fez duras criticas ao governo municipal, que segundo ele, aplaude os desmandos do Sincol.
“Não se admite que o Sincol mande no poder público municipal. É o sindicato que tem a chave do cofre e não paga a Coopetrafs. Eles dão o calote e a prefeitura aplaude a isso e diz que está tudo bem. Se eles não têm dinheiro para pagar a cooperativa, como pode ter dinheiro para pagar quem alimenta o sistema via micro-ônibus?”, questionou.
Ronaldo Mendes disse ainda que é impossível que o Sincol afirme recisão de contrato, pois a Coopetrafs notificou o prefeito Tarcízio Pimenta informando a dívida do Sincol, que de acordo com ele, passa de 1,5 milhão de reais.
“Ninguém pode ser penalizado por cobrar dívida. Quem deve tem que pagar. Não aceitamos a recisão. Isso é uma vergonha para o transporte público, porque as pessoas pagam pelo serviço, a empresa retém o dinheiro e não repassa para a Coopetrafs”, afirmou.
O presidente da Coopetrafs, José Vicente Silva, pediu ajuda. Ele afirmou que os motoristas das vans alimentadoras estão sofrendo, devido ao atraso no pagamento.
“Eles sempre nos pagaram em atraso e aos pedaços. Demonstramos a situação ao poder municipal, mas nenhuma providência foi tomada. Nós só queríamos receber para pagar nossos compromissos. Estamos passando necessidade”, disse, ressaltando que apesar da situação, os motoristas continuam fazendo o serviço de alimentação di SIT normalmente.
O representante da SMT (Secretaria de Transporte e Trânsito), Vitor de Paula, disse que a secretaria vem fiscalizando e analisando a situação. De acordo com ele, um levantamento está sendo feito pela parte jurídica e em breve a secretaria irá se pronunciar através de um parecer técnico.
“A secretaria não estar fechando os olhos para essas questões. Quanto à recisão contratual, ela deve ser analisada por ambas as partes. Tudo tem que ser analisado e ponderado”, disse.
As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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