Brasil
PF concede refúgio provisório a boliviana que mostrou erro em voo da Chapecoense
Segundo a PF, Celia recebeu um documento de identidade de estrangeiro que lhe dá o direito de permanecer no Brasil por um ano.
06/12/2016 às 12h27, Por Rachel Pinto
Acorda Cidade
Agência Brasil – A Polícia Federal de Corumbá (MS), na fronteira com a Bolívia, encaminhou ontem (5) o pedido de refúgio solicitado pela boliviana Celia Castedo Monasterio. Ela trabalha na Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea da Bolívia (Aasana), no aeroporto de Viru Viru, de Santa Cruz de la Sierra, e teria apontado problemas no plano do voo da Lamia, no dia 28 de novembro.
O avião transportava a delegação da Chapecoense, jornalistas e tripulantes e caiu próximo à cidade de Medellín, na Colômbia, na madrugada de 29 de novembro. Setenta e uma pessoas morreram e seis ficaram feridas no acidente.
Segundo a PF, Celia recebeu um documento de identidade de estrangeiro que lhe dá o direito de permanecer no Brasil por um ano. Até lá, o mérito do pedido de refúgio deve julgado pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), do Ministério da Justiça.
A Secretaria de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República informou que a boliviana também foi atendida ontem na Procuradoria da República, em Corumbá. Em coordenação com as procuradoras Gabriela Tavares e Maria Olívia, a secretaria vai solicitar aos órgãos federais competentes as medidas cabíveis, conforme as normas internacionais e o direito brasileiro.
A Aasana fez denúncia contra Celia no Ministério Público boliviano por "não cumprimento de deveres" e "atentado contra a segurança dos transportes". Ela foi suspensa de suas funções por suspeita de negligência e pode pegar até quatro anos de prisão.
A aeronave da Chapecoense partiu da cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra rumo a Medellín, em um trajeto de aproximadamente 3 mil quilômetros, exatamente o mesmo valor de sua autonomia. Ainda assim, o plano de voo não incluía escalas para reabastecimento e nem um aeroporto alternativo para o caso de desvios. Tais problemas foram apontados por Celia, porém o avião decolou do mesmo jeito.
O governo da Bolívia abriu investigação contra a Lamia para saber como a companhia aérea recebeu autorização para operar no país, pois foram encontrados indícios de tráfico de influência e omissão de denúncia. Um gerente da Lamia teria relações diretas com um servidor da Direção Geral de Aeronáutica Civil (Dgac), agência reguladora de aviação civil boliviana. Dirigentes da Dgac e da Aasana foram afastados dos cargos até que durem as investigações.
Amanhã (7), dois procuradores brasileiros vão participar de reunião de trabalho com membros dos Ministérios Públicos boliviano e colombiano, para tratar dos trabalhos de investigação sobre o acidente com o voo da Lamia.
Mais Notícias
Sorte em Jogo!
Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio acumulado em R$ 28 milhões
Os seis números serão sorteados a partir das 20h, em São Paulo.
04/05/2024 às 10h25
Temporais no RS
Miss Brasil 2008 está entre os desaparecidos nos temporais do Rio Grande do Sul, diz Defesa Civil
No estado, há 68 desaparecidos. 50 pessoas morreram e 32.248 estão fora de casa.
04/05/2024 às 09h36
Madonna no Brasil
Madonna encerra turnê de 40 anos neste sábado no Rio de Janeiro; 1,5 milhão de fãs vão assistir ao show
Performance em Copacabana deve ter 26 músicas principais (e trechos de outras) cantadas em duas horas para mais de 1...
04/05/2024 às 09h19
Brasil
Sobe para 56 o número de mortos no Rio Grande do Sul por causa dos temporais
A Defesa Civil soma 32,2 mil pessoas fora de casa e 235 municípios afetados.
04/05/2024 às 07h45
Brasil
Aeroporto de Porto Alegre é fechado por tempo indeterminado; voos são cancelados
Empresa que administra terminal cita 'elevado volume de chuvas' e 'segurança de funcionários e passageiros' como motivo da suspensão de...
03/05/2024 às 22h34
Brasil
Receita Federal doará roupas apreendidas a vítimas de enchentes no RS
Anúncio foi feito por ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
03/05/2024 às 22h08