Feira de Santana

Termina prazo de prisão temporária de suspeitos de envolvimento na morte de Bruna Santana

Um terceiro suspeito, Everton Rosa de Oliveira, 24 anos, que teve a prisão temporária decretada no dia 23 de fevereiro, continua preso.

24/04/2018 às 19h18, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso

Venceu nesta terça-feira (24) o prazo da prisão temporária de dois suspeitos de envolvimento na morte de Bruna Santana Mendes, 16 anos, que foi encontrada morta dentro de um saco em fevereiro deste ano, no bairro Jardim Cruzeiro, em Feira de Santana. As prisões já haviam sido prorrogadas  por mais 30 dias, totalizando 60 dias.

Com o vencimento do prazo, Deividson Jorge dos Santos, 18 anos, e Eric Pereira Maciel, 20 anos, devem deixar o Conjunto Penal a qualquer momento. Um terceiro suspeito, Everton Rosa de Oliveira, 24 anos, que teve a prisão temporária decretada no dia 23 de fevereiro, continua preso. Todos negam participação no crime.

De acordo com o delegado Fabrício Linard, a prisão temporária que os suspeitos cumpriram teve natureza processual e o objetivo de facilitar a investigação, disponibilizando os suspeitos durante 24 horas para as autoridades policiais para qualquer questionamento e esclarecimento para a investigação. Além disso, a prisão temporária serve para evitar que os suspeitos atrapalhem as investigações.

Linard explicou que vencendo o prazo, os suspeitos são soltos, já que não foram encontrados elementos que mostrem a necessidade da prisão ser convertida em preventiva. “Durante esses 60 dias viemos investigando o que ocorreu com a Bruna, mas até o momento não foi suficiente para representarmos pela prisão preventiva dos dois suspeitos. A prisão durou 30 dias e foi prorrogada por mais 30 e não há a possibilidade de uma nova prorrogação. Aguardamos os resultados de alguns exames de DNA e acreditamos que, com o resultado, a investigação pode tomar outro rumo. Mas nesse momento não há a necessidade e nem a motivação para a manutenção da prisão dos dois suspeitos”, acrescentou.

O delegado afirmou que a investigação é muito complexa, já que a vítima não possuía inimizades e os exames não confirmaram estupro. “Todos os exames laboratoriais do material colhido junto a ela e suas vestes, não deram positivo para algum sinal de que a vítima tenha sido vítima de estupro. Tirando esse fator, nos questionamos mais ainda as motivações desse crime. Temos outros rumos que a investigação tomou, temos outras representações que estamos por fazer para tentarmos encontrar outros elementos”, disse.

Apesar de Deividson Jorge dos Santos e Eric Pereira Maciel terem sido liberados, Fabrício Linard afirma que eles continuam sendo os principais suspeitos, além de Everton Rosa de Oliveira, que continua preso. “Nossa investigação não revelou suspeita sobre mais ninguém. Eles três teriam agido em conjunto, porém no momento não temos elementos suficientes para uma prisão preventiva. O que vale para a justiça são as provas que a gente consegue encontrar e é isso que estamos fazendo dia a dia. Estamos investigando o caso passo a passo. A investigação demanda tempo e às vezes uma prisão temporária dessa acaba sendo curta”.

O advogado Joari Wagner, constituído pela família do suspeito Deividson, afirmou ao Acorda Cidade que recebeu a notícia da soltura com tranquilidade. “Passaram 60 dias e o prazo da prisão temporária finaliza. O inquérito vai permanecer e eles têm que ser postos em liberdade. Ele continua com a mesma versão, com muita tranquilidade, confirmando que não tem nada a ver com esse crime e que nunca viu a garota. Ele cumpriu o prazo que a justiça determinou e agora, solto, também vai comparecer para prestar qualquer esclarecimento, caso seja solicitado. Ele continua respondendo o inquérito policial e não quer dizer que solto está livre de um eventual processo futuro”, explicou.

O advogado constituído pela família de Eric, Guga Leal, afirmou que sempre acreditou na inocência do cliente. “Sempre entendemos e acreditamos na inocência dele. A defesa sempre esperou pela soltura. Venceu a temporária e não foi decretada a prisão preventiva. O Eric sempre esteve pronto a ajudar a polícia, inclusive se disponibilizou a colher o material dele para fazer DNA. O inquérito continua transcorrendo na sede da Polícia Civil de Feira de Santana”, afirmou.

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Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade

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