Opinião

Jornalista alerta sobre banalização de dados pessoais e a ganância das 'vítimas' de estelionato

Para o jornalista Edson Borges, golpes como esse só são bem sucedidos, se as supostas vítimas forem gananciosas, porque o estelionatário “sabe jogar” e explorar a ganância do alvo.

14/12/2017 às 17h54, Por Brenda Filho

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A prisão de um estelionatário em Feira de Santana na última quarta-feira (13), chama a atenção para a facilidade de acesso a dados pessoais expostos na web e para a ganância das “vítimas” desse tipo de golpe. A ressalva é feita pelo secretário municipal de Cultura e jornalista Edson Borges. Lindson Cardoso Lins, 37 anos, preso em flagrante, é acusado de se tomar posse de dados privilegiados de empresários, políticos e autoridades e solicitar emissão cartões de crédito, alguns deles sem limite. Na avaliação de Borges, golpes como esse só são bem sucedidos, se as supostas vítimas forem gananciosas, porque o estelionatário “sabe jogar” e explorar a ganância do alvo. O jornalista observa também que os dados pessoais hoje estão banalizados, o que os torna de fácil acesso . “Antigamente, quando chegávamos no comércio para comprar algo dividido, tínhamos que fazer um cadastro e isso era legítimo, porque iríamos ficar devendo ao comerciante. Hoje, você entra em uma casa comercial, seja ela qual for, vai comprar uma coisa de R$ 30 à vista e no caixa perguntam: ‘Qual o CPF do senhor? Qual o telefone do senhor? O senhor mora onde?’ Por que tem que pegar todos os meus dados, se estou pagando a vista? Por que os dados das pessoas viraram uma indústria muito rentável; esses dados são comercializados. O CPF, RG, telefone, endereço estão banalizados mundo a fora”, alertou em participação no programa Acorda Cidade. Além da exposição de dados pessoais facilitar a ação de criminosos, Edson lembra que tira a nossa paz. “É por isso que a gente está em casa às 8h da noite e ligam de banco oferecendo serviço, daqui a pouco de uma companhia telefônica, de internet… Não se tem mais paz, pois todo mundo hoje se acha no direito de pedir o seu CPF”, assinala. (Orisa Gomes)

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