Feira de Santana

Hospital realiza triagem para mutirão de cirurgias de gigantomastia em Feira

Mais de duzentas mulheres estão fazendo avaliação para a cirurgia, que deve acontecer em fevereiro.

14/12/2017 às 10h34, Por Kaio Vinícius

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Laiane Cruz e Ney Silva

O Hospital Inácia Pinto dos Santos (Hospital da Mulher) realizou na manhã desta quinta-feira (14) a triagem para o sexto mutirão de cirurgias de gigantomastia, um distúrbio que faz aumentar e causa a deformidade das mamas. Mais de duzentas mulheres estão fazendo avaliação para a cirurgia, que deve acontecer em fevereiro.

A dona de casa Viviane Pereira Goncalves chegou na quarta-feira à noite e dormiu na fila de espera, com mais 80 mulheres.

“Eu já estou na expectativa há mais ou menos cinco anos. Os seios volumosos pesam muito, causam muitas dores de coluna, e é muito cansativo, pois em qualquer atividade que você faz eles incomodam”, afirmou a dona de casa.

Segundo Viviane, por causa dos seios volumosos, ela já foi vítima preconceito. “Desde os 14 anos minha mama começou a crescer e, a partir de 19 anos, quando eu tive a minha primeira gestação, a tendência foi só aumentar”.

O médico Cesar Kelly, que vai realizar as cirurgias do mutirão, destacou que o programa, chamado Protege, é feito com recursos próprios da prefeitura. Ele explicou quais os procedimentos adotados para fazer a seleção das pacientes que serão beneficiadas.

“O primeiro passo é fazer uma seleção de pacientes que têm acima de quatro quilos nas mamas. A segunda parte da triagem é feita pelas assistentes sociais, para saber quais pacientes têm carência econômica, já que o programa é completamente gratuito, com o desenvolvimento dos exames, cirurgias e acompanhamento gratuitos, e a terceira parte são os exames de laboratórios e físicos, que estando normais, é permitido fazer a cirurgia”, informou o médico.

César Kelly ressaltou ainda que outro critério adotado para as cirurgias é a seleção de mulheres que já tiveram filhos. “É importante ressaltar que é uma cirurgia que retira muito tecido mamário, e só é feita em pacientes que já tiveram filhos, pois são retiradas as glândulas mamárias e elas não poderão mais amamentar e, provavelmente, perderão também a sensibilidade do bico e da aureola”.

O médico acrescentou que a cirurgia de gigantomastia é um procedimento caro, que envolve toda uma estrutura para as pacientes, e no Brasil não há nos serviços públicos um tratamento específico voltado para o problema. “São cirurgias caras, pois envolvem internação, anestesista, acompanhamento, então são procedimentos muito caros e Feira de Santana é pioneira no Brasil, que oferece o tratamento para a gigantomastia”.

A presidente da Fundação Hospitalar, Gilberte Lucas, lembrou que além da reparação das mamas, a cirurgia devolve também a autoestima das pacientes.

“É um programa importantíssimo, em que muitas mulheres esperam a oportunidade de estar fazendo essa cirurgia, que é reparadora e melhora a autoestima da mulher. Muitas têm o dia a dia prejudicado por causa da gigantomastia, por isso a gente incentiva e vai estar sempre fazendo esse mutirão para essas mulheres.”

Fotos do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.

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