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60% dos motoristas abririam mão do automóvel se houvesse transporte público de qualidade, aponta pesquisa

Segundo a pesquisa, 35% dos cidadãos se locomovem de transporte público porque ele é mais barato do que os demais tipos de transporte.

14/12/2017 às 09h27, Por Kaio Vinícius

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O Serviço de Proteção ao Crédito, o SPC Brasil, e a Confederação Nacional de Dirigentes fez uma pesquisa inédita sobre os hábitos e percepções da mobilidade urbana no dia a dia dos brasileiros. De acordo com o levantamento, caso houvesse uma boa alternativa de transporte coletivo, seis em cada dez motoristas deixariam de usar os veículos particulares para trajetos diários. Ou seja, 60% dos 1.500 consumidores entrevistados, de todas as capitais, mudariam a opção de transporte caso tivessem opções melhores. Quem dá mais detalhes é economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

“Este dado mostra, claramente, que o fato de a gente ter uma mobilidade urbana ainda insuficiente, faz com que mais e mais pessoas usem o carro. E se tivesse uma alternativa de qualidade boa, eles deixariam de usar. E aí a gente tem vários impactos. O trânsito, principalmente. Por conta desta preferência a gente tem um trânsito muito grande. Na nossa estimativa, o brasileiro passa, em média, um mês e sete dias no trânsito ao longo do ano.”

Segundo a pesquisa, 35% dos cidadãos se locomovem de transporte público porque ele é mais barato do que os demais tipos de transporte e 28% contam apenas com esse meio de locomoção disponível. Apenas 17% foram mais resistentes e manteriam o hábito de se locomover apenas com os veículos próprios. É o que explica Marcela Kawauti.

“Foram só 17%, um percentual muito menor do que aqueles que disseram que talvez trocassem o carro se tivessem um transporte público de qualidade. Quando a gente fala de tipo de transporte mais usado no dia a dia, na maior parte dos casos o ônibus foi o mais citado. Para ir ao trabalho ele é usado por 53% das pessoas, a escola ou faculdade, ele é usado por 28% das pessoas, enfim, ele é o mais citado.”

A pesquisa foi feita em parceria com o Sebrae e IBOPE e a margem de erro é de no máximo 3,0 pontos percentuais para um intervalo de confiança de 95%.

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