Bahia

Mãe faz campanha para comprar lente de R$ 4 mil para filho estudar

Adolescente de 16 anos é autista e deixou de frequentar a escola por não conseguir ler. Jovem mora em Barreiras, oeste baiano.

21/11/2017 às 18h18, Por Kaio Vinícius

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Um adolescente de 16 anos, que é autista, deixou de frequentar a escola este ano por conta de um problema de visão. Luís Henrique mora em Barreiras, no oeste da Bahia. Ele tem uma doença chamada ceracotone, que afeta o formato e a espessura da córnea, fazendo com que a pessoa enxergue imagens destorcidas. Para voltar a enxergar bem, o adolescente precisa de lentes especiais, que custam R$ 4 mil.

A mãe de Luis, Mariana Oliveira, conta que o problema dele começou com miopia e astigmatismo, há três anos. Ela foi alertada por uma professora do garoto que ele não conseguia ler as orientações no quadro, na sala de aula. A ceracotone foi descoberta já em estágio avançado, o que impediu que ele continuasse os estudos.

“Eu percebi que, mesmo usando óculos, ele não estava conseguindo ler. Então, levei ele em outro oftalmologista. Ele deu o diagnóstico de ceracotone”, relata Maiana Oliveira, mãe de Luis.

Antes de ser prescrita a lente específica, os médicos que cuidam de Luis receitaram outras duas, mais baratas, mas ele não se adaptou. “Foi passada uma lente para ele. No caso, duas. Ele passou a usar uma lente em gel por baixo e outra rígida por cima. Só que essas lentes não deram muito certo. Ele não conseguiu se adaptar”, conta Maiana.

Como não tem o dinheiro para comprar as lentes que Luis precisa, a mãe do adolescente criou um festival de sorvete. No horário do intervalo, Maiana vende o sorvete na Coração de Jesus, onde Luis estudava, para arrecadar o dinheiro.

Colegas, professores e também moradores do bairro participam do festival para ajudar a mãe de Luis a comprar as lentes.

“Temos que ajudar sempre o próximo, mesmo que seja duas bolas de sorvete”, diz o estudante Vinícius Júnior.

“Muito inteligente, aprende com facilidade. Estou ajudando, de coração, para que ele consiga as lentes dele e não chegue a perder a visão”, disse Marlucia Santos, que já foi professora de Luis.

Fonte: G1
 

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