Bahia
Assessor e ex-diretor ligados a Geddel no caso dos R$ 51 milhões passam a usar tornozeleira eletrônica, diz Seap
Gustavo Ferraz e Job Ribeiro Brandão tiveram a fiança reduzida, após alegarem que não tinham como pagar o valor estipulado pela Justiça inicialmente.
16/11/2017 às 20h49, Por Andrea Trindade
Acorda Cidade
O ex-diretor-geral da Defesa Civil de Salvador, Gustavo Ferraz, e o assessor da Câmara dos Deputados, Job Ribeiro Brandão – que dá expediente no gabinete do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), passaram a usar tornozeleira eletrônica a partir desta quinta-feira (16), segundo informações da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (Seap).
Gustavo e Job são ligados ao ex-ministro Geddel Vieira Lima no caso dos R$ 51 milhões encontrados em malas e caixas que estavam em um apartamento em Salvador, usado pelo peemedebista. Geddel permanece preso.
O ex-diretor e o assessor da Câmara foram soltos nesta semana, após pagamento de fiança. O valor estipulado aos dois foi reduzido pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), após Gustavo e Job alegarem que não tinham como pagar o valor deteminado inicialmente. Os dois cumprem restrições como recolhimento em casa e outras medidas alternativas à prisão.
Job Ribeiro disse à Justiça que, apesar do cargo de assessor parlamentar, devolvia 80% do salário a Lúcio Vieira Lima. Gustavo Ferraz, por sua vez, alegou não ter capacidade financeira para pagar o valor inicial estipulado. Nos dois pedidos, a Procuradoria Geral da República (PGR) opinou favoravelmente à redução das fianças.
Job Ribeiro Brandão já havia obtido redução de fiança de 100 para 50 salários mínimos. Depois, ficou estabelecido o pagamento de somente 10 salários mínimos (equivalentes a R$ 9,3 mil). Gustavo Ferraz, por sua vez, teve a fiança reduzida de 100 para 50 salários mínimos (correspondentes a R$ 46,8 mil).
Gustavo e Job tiveram digitais encontradas em cédulas de dinheiro dos R$ 51 milhões encontrados pela Polícia Federal na capital baiana, a maior apreensão em dinheiro vivo da história da corporação.
Após a apreensão da fortuna em dinheiro vivo, a Justiça Federal de Brasília determinou o retorno de Geddel para a cadeia. Gustavo foi preso no mesmo dia em que o ex-ministro voltou para a prisão. Já Job, teve a prisão domiciliar decretada no início de outubro.
Fonte: G1
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