Feira de Santana

Superintendente de Trânsito tira dúvidas de ouvintes do Acorda Cidade

Entrevista foi ao ar ao vivo na Rádio Sociedade AM de Feira de Santana, na frequência 970 AM.

23/10/2017 às 09h00, Por Andrea Trindade

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Laiane Cruz

O superintendente municipal de Trânsito de Feira de Santana, Maurício Carvalho, foi um dos entrevistados do quadro Sala do Povo, do programa Acorda Cidade. Durante a entrevista ao vivo, na Rádio Sociedade de Feira, ele falou sobre os desafios do trânsito da cidade, respondeu as reclamações de ouvintes do programa e esclareceu situações decorrentes das obras do BRT. Confira a entrevista:

Acorda Cidade – Qual é o maior desafio que o senhor encontrou na Superintendência de Trânsito?

Maurício Carvalho – Os desafios no trânsito são constantes, pois a cidade cresce a cada dia e os serviços essenciais têm que acompanhar esse crescimento. Nós tivemos de 2010 a 2017 um crescimento de 77% da nossa frota. Temos uma frota hoje em Feira de Santana estimada em 273 mil veículos, entre carros e motos, que se juntam à frota de outros municípios, e a cidade tem hoje um fluxo de mais de 300 mil veículos diariamente, quase a população de uma cidade como Vitória da Conquista. E a SMT trabalha de domingo a domingo, nos três turnos, e o desafio da gente é ter que ajustar essa realidade de uma cidade pujante, com os equipamentos que precisam ser implementados, a engenharia de tráfego precisa buscar as soluções para pontos cruciais, e gerenciar uma equipe de 120 agentes, que precisam estar posicionados e capacitados para o dia a dia. Além disso, o ano foi bastante atípico, pois estamos convivendo com a construção do BRT. Nesse momento, temos 14 intervenções do BRT acontecendo com obras. Avenidas importantes como a João Durval estão interrompidas em uma parte, obras na Getúlio Vargas, a Presidente Dutra modificou o trânsito, ruas como Vasco Filho, Avenida Sampaio, e Comandante Almiro com obras, e o trânsito está fluindo, porque tudo foi planejado e devidamente diagnosticado.

 

Acorda Cidade – Quais são os pontos críticos do trânsito de Feira de Santana?

Maurício Carvalho – São muitos. Nós temos um que eu considero importante que é a confluência da Praça Jackson do Amaury, sentido Monsenhor Mário Pessoa e vice-versa, para a BR-116 sul. Aquela rotatória é um grande desafio. Na Senhor dos Passos hoje, após a implementação do projeto Via Livre Educação para Seguir, na altura do Colégio Padre Ovídio, quem passa já não pega engarrafamento. Nós implementamos ali o tempo para o pedestre. Antigamente, ali se formavam filas triplas e quádruplas, no efeito cascata isso implicava lá atrás, na Jackson do Amaury. Esse problema acabou. O problema agora é a rotatória da praça do Caminhoneiro. Centenas de ônibus diariamente passam por ali. Já estamos buscando uma solução de engenharia para a praça do Caminhoneiro. Outros pontos são um retorno na Maria Quitéria para quem vai pegar as ruas para o shopping. Ali dá muito problema e vamos ter que criar ali uma espécie binário para que as ruas sejam interligadas. Todas essas ruas em torno do shopping Boulevard estão sendo objeto de um estudo para se criar vários fluxos de sentido único, disciplinamento de estacionamento, porque a maioria daquelas ruas é mão e contramão, com estacionamento dos dois lados, o que dificulta muito. Outra situação de estudo, que está pronto e em breve estará sendo implementado, é a Frei Aureliano, com confluência principalmente com a Rua Castelo Branco. Vamos criar um binário da Frei Aureliano, sentido único, que será da Senador Quintino para a Getúlio Vargas.

 

Acorda Cidade – Por que as principais vias estão com poucos retornos?

Maurício Carvalho – Um dos motivos que mais travam o trânsito nas grandes avenidas são os retornos. As grandes cidades, como Salvador, você vai ter muita dificuldade se errar um determinado retorno para encontrar o próximo, mas é claro que as pessoas não podem ficar sem a opção de volta e é por isso que é preciso criar comunicação entre as vias e o condutor tem que fazer a volta na quadra e voltar para a avenida.

 

Acorda Cidade – Qual o motivo das placas de estacionamento proibido que foram colocadas na feirinha da Estação Nova?

Maurício Carvalho – Na João Durval estamos construindo quatro estações de transbordo do BRT, uma delas muito próxima à Secretaria de Saúde e a Justiça do Trabalho, e a pista ficou mais estreita, porque as obras tomam uma faixa da João Durval. A proibição não é definitiva, será só enquanto as obras durarem ali.

 

Acorda Cidade – A SMT pode colocar um semáforo no viaduto da Cerb e há condições de retirar o DNIT da zona urbana para que a prefeitura realize os trabalhos?

Maurício Carvalho – Ali uma intervenção deve beneficiar os dois lados, ligando um lado a outro, porque passa pelo Anel de Contorno. E nós temos que ter a participação do DNIT sim nessa discussão. Temos que fazer um trabalho conjunto e só o DNIT pode dar a anuência para que façamos em conjunto.

 

Acorda Cidade – Alguns pisos das obras da BRT sofreram avarias, causado riscos aos condutores. O que a prefeitura está fazendo quanto a isso?

Maurício Carvalho – Ao lado de duas estações de transbordo da Getúlio, no local
onde o ônibus vai estacionar, sofreram avarias. E a secretaria responsável já está em contato com a empresa Via Engenharia, que fará os reparos.

 

Acorda Cidade – E em relação à Rua Boticário Moncorvo, onde as lojas recebem vários caminhões de carga e descarga?

Maurício Carvalho – Ali é um problema. Nós nos reunimos há cerca de dois meses da Boticário Moncorvo. E nesse mês de outubro vamos fazer uma intervenção ali, que será seguramente terá um tempo de parada permitido. Outros pontos de carga e descarga estarão sendo implantados e relocados para que a gente acabe com essa situação. Até o final desse mês, a nova sinalização deve estar sendo colocada e teremos tempo máximo de estacionamento ali.

 

Acorda Cidade – A SMT tem quantos engenheiros de tráfego e onde eles ficam?

Maurício Carvalho – Temos duas engenheiras, que ficam na SMT. E é necessário termos mais. Eu tenho me mobilizado nesse sentido, porque é um pilar importantíssimo. Quando alguém pede um quebra-mola, a engenharia tem que se deslocar para ver o ponto onde deve ser colocado. Quando a gente faz uma intervenção para colocar placa de proibido, tem que ter um projeto. Então é necessário que nós ampliemos o nosso quadro de engenheiros.

 

Acorda Cidade – É correta a atitude de vários comerciantes que colocam cavaletes, cones, privatizando o estacionamento para ele e seus colaboradores?

Maurício Carvalho – A Lei de Uso do Solo diz que quando o comerciante recua 5,5m e tem a guia rebaixada, nesse caso ele tem a preferência para os seus clientes. Mas se for menor que 5,5m de recuo ele não tem esse direito. 

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