Bahia

Mau cheiro nas águas do Dique do Tororó, ponto turístico de Salvador, incomoda moradores

Especialista diz que problema é típico de períodos chuvosos e é causado pela morte e decomposição de microalgas por falta de oxigênio na água.

18/10/2017 às 10h11, Por Kaio Vinícius

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Quem passa pela região do Dique do Tororó, um dos pontos turísticos de Salvador e área de lazer utilizada por muitos moradores da cidade, tem enfrentado um problema nas últimas semanas: o mau cheiro da água.
Não é difícil flagrar pessoas cobrindo o nariz ao passarem pelo local. A situação, segundo os frequentadores, já dura mais de um mês. Na parte do píer, onde ficam alguns restaurantes, a clientela praticamente desapareceu, segundo empresários.

O mau cheiro é maior, no entanto, em um trecho da lagoa que fica na entrada da Avenida Vasco da Gama. "Com esse cheiro horrível aí, a gente passa até mal. Coisa horrível", disse um homem, sem tirar a camisa do rosto.

O trecho onde o mau cheiro é mais intenso fica nas proximidades da Estação da Lapa, maior terminal de ônibus da capital, por onde passam quase 270 coletivos por hora. A situação também é motivo de reclamação por parte de motoristas e cobradores.

"A gente dá sete viagens, tanto indo quanto vindo, sentindo aquele fedor horrível e não estamos aguentando mais isso", destacou um cobrador, que usa uma máscara hospitalar para passar pelo local.

Segundo o Instituto do Meio-Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), não há lançamento de esgoto no Dique do Tororó. O diretor de águas do órgão, Eduardo Topázio, diz que o problema é causado pela morte e decomposição de microalgas por falta de oxigênio na água, o que é típico dos períodos chuvosos.

"O que a gente pode fazer é aplicar algum tipo de produto químico que mate essas algas preventivamente e impeça que elas causem esse problema. Outra medidas, que a gente usa em sistema de tratamento de água, seria promover a redução da proliferação dos organismos minerais, do fósforo especificamente, que são nutrientes que ajudam na proliferação dessas microalgas", destaca o especialista.

A Secretaria Municipal de Manutenção de Salvador disse que não tem responsabilidade sobre a conservação do Dique do Tororó. A Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) também disse que não faz manutenção nas águas do Dique. A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), por sua vez, informou que só cuida da limpeza do entorno do Dique e que também não tem responsabilidade com o tratamento do espelho d'água.
 

Fonte: G1

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