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Cientistas levam Nobel de Física por estudos sobre ondas gravitacionais
Após "quatro décadas de esforços", este projeto, para o qual colaboram cerca de mil cientistas de 20 países.
03/10/2017 às 08h51, Por Kaio Vinícius
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Agência EFE – Os cientistas Rainer Weiss, Barry C. Barish e Kip S. Thorne foram agraciados nesta terça-feira (3) com o Prêmio Nobel de Física 2017 pela "contribuição decisiva para o detector Ligo e a observação de ondas gravitacionais", anunciou a Academia Real das Ciências da Suécia.
Os três premiados contribuíram "com entusiasmo e determinação" de forma "inestimável" para colocar em funcionamento o Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferometria Laser (Ligo), iniciativa que detectou essas ondas pela primeira vez.
Após "quatro décadas de esforços", este projeto, para o qual colaboram cerca de mil cientistas de 20 países, foi o que detectou pela primeira vez, em 14 de setembro de 2015, este fenômeno cósmico que Albert Einstein tinha predito um século antes na Teoria Geral da Relatividade.
Essa vibração, que chegou à Terra de forma "extremadamente débil", provinha da colisão de dois buracos negros, ocorrida há 1,3 bilhão de anos, explica o júri. A medição "já é uma promissora revolução na astrofísica", argumenta o comunicado de imprensa da Academia.
Weiss receberá a metade do prêmio em dinheiro deste Nobel e seus dois colegas dividirão a metade restante.
Os três físicos foram reconhecidos neste ano, junto ao projeto Ligo, com o Prêmio Princesa das Astúrias de Investigação Científica e Técnica.
Weiss, Thorne e Barsih trabalham na Colaboração Científica Ligo e Virgo, que une os detectores do Ligo, localizados em Livingston (Louisiana) e Hanford (Washington) e o detector franco-italiano Virgo, localizado perto de Pisa (Itália)
Rainer Weiss, que nasceu em Berlim em 1932, trabalha no Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT); enquanto Barry Barish, nascido em Omaha (Estados Unidos) em 1936, trabalha no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) junto ao seu colega Kip S. Thorpe, nascido em Logan (Estados Unidos) em 1949.
No ano passado, a Real Academia Sueca de Ciências reconheceu com o Nobel de Física os britânicos David Thouless, Duncan Haldane e Michael Kosterlitz, por descobrir estados pouco usual da matéria que abriram a via ao desenvolvimento de materiais inovadores.
O valor em dinheiro do prêmio é de 9 milhões de coroas suecas (equivacente a cerca de R$ 3,4 milhões), depois que a Fundação aumentou, em 2017, o montante dos prêmios Nobel pela primeira vez em cinco anos.
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