Política

Denúncia da PGR contra Temer só passa se houver pressão popular, afirma Robinson Almeida

O deputado também avaliou as denúncias de Palocci contra Lula e apreensão de R$ 51 milhões ligados a Geddel.

19/09/2017 às 12h46, Por Brenda Filho

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Orisa Gomes

O deputado federal Robinson Almeida (PT) acredita que a pressão popular é indispensável para que a segunda denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República contra o presidente Michel Temer passe na Câmara Federal. O parlamentar ressalta que a Casa já demonstrou que “está de costas para a sociedade brasileira” ao aprovar, por exemplo, a Reforma Trabalhista e Lei das Terceirizações, além de ter se "aliado" ao presidente na primeira denúncia da procuradoria. “Não creio que a denúncia passe a não ser que aumente a pressão popular, que o povo vá para rua protestar”, sugeriu em entrevista ao Acorda Cidade.

Denúncias de Palocci contra Lula

Questionado sobre as denúncias do ex-ministro Antonio Palocci (PT) contra o ex-presidente Lula, Robinson disse ter um padrão de análise que não muda: “Toda denúncia tem que ser investigada, todo investigado tem que ter o amplo direito de defesa e o ônus da prova cabe a quem acusa”. Já considerando a possibilidade de Palloci fechar delação premiada, o deputado pontuou que esse tipo de acordo virou habeas corpus para criminosos confessos adquirirem liberdade. “Espero que o Palloci apresente as provas, como a Policia Federal apreendeu R$ 51 milhões num apartamento ligado a Geddel. Ali é a prova, não tem o que se discutir”, comparou.

Modus operandi

Ainda sobre o caso do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), Robson qualificou como repugnante e ressaltou que toda a sociedade espera explicações, pois ainda não foi revelada a origem do dinheiro, por que estava guardado naquele apartamento e qual era o destino. “A sociedade ainda está atônita esperando essas informações”, afirmou ressaltando que o episódio atinge a todos os políticos, pois fica no senso comum o sentimento de que esse é o “Modus operandi” generalizado. “Gostaria que fosse esclarecido para que a gente pudesse separar o joio do trigo”.

Saída

Diante da crise política por que passa o país, Robinson Almeida frisa que a saída é o cidadão brasileiro assumir o protagonismo das próprias ações. “Se eu avalio negativamente o político, certamente é porque eu vejo dentro de mim um bom político que comparo com a atuação do que eu reprovo. Se eu tivesse no lugar dele, faria diferente. Se cada um tirar o bom político que existe e habita a alma e colocar para exercer a cidadania, a atividade política e substituir os maus políticos, essa é a saída para o país. Enquanto ficarmos condenando sem tomarmos atitude real, fazermos escolha criteriosa de quem nos representa ou assumirmos o próprio protagonismo das nossas decisões no país a gente não terá saída, porque os mesmo vão se perpetuar”. 

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