Saúde

Bahia registra 16.422 casos de hepatites entre janeiro e maio deste ano

Hepatologista do Hapvida fala sobre o contágio e os cuidados para evitar a doença

27/07/2017 às 09h54, Por Maylla Nunes

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Doenças infectocontagiosas que, na maioria dos casos, são silenciosas e só apresentam sintomas em estágios avançados. Essas são algumas características das hepatites virais que são causadas por diferentes vírus que atacam as células do fígado e levam a doenças mais graves como a cirrose ou o câncer. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença atinge, aproximadamente, 400 milhões de pessoas em todo o mundo. Na Bahia, os dados da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) confirmam 16.422 casos somente de janeiro a maio deste ano. Para alertar a população sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento, a OMS criou o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, lembrado na próxima sexta-feira, dia 28 de julho.

De acordo com o hepatologista do Hapvida, Dr. Allan Rego, três tipos de hepatite merecem destaque. "O vírus da hepatite A que, apesar de ser benigno na maioria dos casos, é de fácil transmissão; e os tipos B e C pelo fato de serem doenças silenciosas que podem evoluir para cirrose ou câncer do fígado", pontua. A hepatite B infecta, atualmente, 300 milhões de habitantes no mundo e cerca de um milhão de brasileiros. Já a do tipo C atinge de 130 a 150 milhões de pessoas no mundo e 1,5 milhão no Brasil.

A hepatite pode ter maneiras diferentes de contágio. "A transmissão do vírus da hepatite A acontece pela contaminação com fezes e os principais sintomas são cansaço, dor abdominal e alteração da cor dos olhos e urina, que chegam a ficar muito amarelados. A transmissão da hepatite B é essencialmente sexual, mas também pode acontecer por via vertical – no momento do parto – passando da mãe para o recém-nascido. Já a transmissão do vírus da hepatite C acontece, predominantemente, por via parenteral, ou seja, através do contato com sangue ou objetos cortantes que tenham tido contato com o sangue contaminado", ressalta o especialista.

Ainda de acordo com Dr. Allan, a população deve ficar atenta a algumas informações importantes. "Todas as pessoas que receberam transfusão sanguínea antes de 1992 e aqueles que se enquadrem em condições de "risco", especialmente os usuários de drogas endovenosas – que por muitas vezes compartilham seringas, devem realizar o exame de diagnóstico das hepatites", alerta. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece testes rápidos para o diagnóstico das hepatites B e C com resultado em até 20 minutos. No caso das hepatites B, C e D, o tratamento é medicamentoso e também está disponível no SUS. O Brasil é um dos poucos países a disponibilizar o tratamento para as hepatites virais no sistema de saúde pública.

Prevenção

O ditado é melhor prevenir do que remediar é sempre o melhor conselho. As vacinas são a melhor maneira de evitar as hepatites e podem ser encontradas nos postos de saúde do SUS e da rede privada. As vacinas para prevenção das hepatites A e B são indicadas para a população de até 49 anos e são aplicadas em três doses, se tornando efetiva quando é tomada no intervalo de um mês entre a primeira e a segunda e de seis meses entre a primeira e a terceira dose. Para a prevenção da hepatite tipo C, a recomendação é não compartilhar objetos perfuro-cortantes e nem reutilizar os descartáveis.

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