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Bahia tem quarta maior oferta de hospedagem no país

Pousadas são metade dos 2.552 estabelecimentos de hospedagem no estado;

20/07/2017 às 09h34, Por Maylla Nunes

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A Bahia tem a quarta maior oferta de hospedagem dentre os estados brasileiros: 2.552 estabelecimentos (hotéis, pousadas, motéis, albergues e similares), 74.539 unidades habitacionais (suítes, quartos, chalés etc.) e 188.861 leitos disponíveis. Com esses quantitativos, o estado contribui com 8,2% dos 31.299 estabelecimentos de hospedagem existentes no país, 7,4% dos 1.011.254 quartos e 7,8% dos 2.407.892 leitos.

Há uma grande concentração da rede hoteleira brasileira na região Sudeste, onde estão 41,8% dos estabelecimentos, 43,8% dos quartos e 43,1% dos leitos. Em seguida vem a região Nordeste, com 23,6% dos estabelecimentos, 21,7% das unidades habitacionais e 22,4% dos leitos.

Dentre os estados, São Paulo lidera, com 5.858 estabelecimentos (18,7% do total), 215.674 unidades habitacionais (21,3%) e 507.412 leitos (21,1%). Minas Gerais vem em segundo lugar, com 3.867 estabelecimentos (12,4%), 111.565 unidades habitacionais (11,0%) e 255.131 leitos (10,6%). O estado do Rio de Janeiro fica em terceiro, com 2.680 estabelecimentos (8,6%), 92.340 unidades habitacionais (9,1%) e 221.121 (9,2%).

A concentração se evidencia no fato de os quatro principais estados em número de estabelecimentos (SP, MG, RJ e BA) representarem quase metade da oferta de hospedagem no país: 48,0% do total de estabelecimentos, 48,8% das unidades habitacionais e 48,7% dos leitos disponíveis.

Apesar de ser o quarto estado em participação no total da oferta de hospedagem, a Bahia fica em oitavo lugar tanto na média de quartos quanto na média de leitos por estabelecimento (29 e 74, respectivamente). Em ambos os casos, os indicadores estão um pouco abaixo da média nacional, de 32 quartos e 77 leitos por estabelecimento.

São Paulo (37), Paraná (36) e Rio de Janeiro (34) têm as maiores médias de quartos por estabelecimento. Quando se trata de leitos por estabelecimento, São Paulo também lidera (87), seguido por Rio de Janeiro (83), Santa Catarina e Paraná (cada um deles com 82).

Perfil dominante da hospedagem baiana é de pousadas, de pequeno porte, conforto médio e independentes

A rede de hospedagem baiana é formada predominantemente por pousadas, estabelecimentos de pequeno porte, nas categorias turística/médio conforto ou econômica, localizados nos centros urbanos ou na orla e que não estão ligados a cadeias de hotéis, sejam elas nacionais ou internacionais. 

Enquanto no país, quase metade dos estabelecimentos de hospedagem (47,9%) são hotéis (inclusive hotéis históricos, hotéis de lazer/resorts e hotéis-fazenda), na Bahia, eles são bem menos representativos, respondendo por 38,0% do total de estabelecimentos (972 em números absolutos).

Por outro lado, as pousadas têm uma importância bem maior no estado, representando metade (50,0%) de todos os estabelecimentos de hospedagem baianos (1.275 em números absolutos). No país, como um todo, as pousadas são pouco menos de 1/3 dos estabelecimentos de hospedagem (31,9%).

Já os motéis, que representam 14,2% dos estabelecimentos de hospedagem brasileiros e são relativamente mais representativos em Pernambuco (22,9% do total), Ceará (20,4%) e Paraná (17,2%), correspondem a apenas 7,0% dos estabelecimentos de hospedagem na Bahia (178 em números absolutos), menor proporção do país.

Na Bahia, quase 9 em cada 10 estabelecimentos (88,8%) têm até 49 quartos (2.265 em números absolutos), sendo que aqueles de menor porte (até 19 quartos) representam metade do total (50,2% ou 1.280). Por outro lado, no estado, só pouco mais de 1 em cada 10 estabelecimentos (11,2%) têm 50 quartos ou mais (287 em números absolutos).

No Brasil, 84,6% dos estabelecimentos de hospedagem têm até 49 unidades habitacionais (quartos e similares), enquanto aqueles de maior porte, isto é, com 50 ou mais quartos, representam 15,4% do total. O Distrito Federal registrou a maior participação dos estabelecimentos com 50 quartos ou mais na rede de hospedagem (36,2% ou pouco mais de 1 a cada 3). Em seguida, veio o Paraná (20,2%).

Entre os estabelecimentos de hospedagem baianos com 5 ou mais pessoas ocupadas (que totalizam 1.266 ou 49,6% do total no estado), predominam aqueles que estão nas categorias turístico/médio conforto (503 ou 39,8%) e econômica (384 ou 30,4%). Juntos, eles representam 70,2% do total.

Os empreendimentos de luxo (48, ou 3,8% do total) e superiores/muito confortáveis (120 ou 9,5% do total) têm participações bem menores, enquanto os empreendimentos classificados como simples (categoria mais baixa) representam 16,5% do total (209 em números absolutos). A distribuição percentual por categorias é bem parecida com a média do país.

Entre os estados, Distrito Federal (6,8%) e Rio Grande do Norte (5,3%) têm os maiores percentuais de estabelecimentos de luxo; Santa Catarina (13,8%) e Rio Grande do Sul (12,2%) têm os maiores percentuais daqueles de categoria superior. Por outro lado, Roraima (31,4%) e Distrito Federal (27,3%) têm as maiores participações de estabelecimentos da categoria simples na sua rede de hospedagem.

Também em linha com o verificado no país como um todo, 92,8% dos empreendimentos de hospedagem com 5 ou mais pessoas ocupadas na Bahia são independentes, ou seja, não estão ligados a nenhuma rede de hotéis, seja ela nacional ou internacional. No Brasil, esse percentual é de 92,2%, chega a 100% em Roraima e 96,3% em Tocantins e alcança seus patamares mais baixos no Piauí (84,5%) e na Paraíba (85,9%).

Quase 1 em cada 3 estabelecimentos de hospedagem baianos (28,0%) está na orla

Assim como ocorre no país como um todo (42,7%), a maior parcela dos estabelecimentos de hospedagem com 5 pessoas ou mais ocupadas na Bahia (41,3% ou 523) estão localizados nas regiões centrais das áreas urbanas. Entretanto, no estado, a segunda participação mais importante vem daqueles empreendimentos localizados na orla marítima/ilhas: 28,0% (ou 355 em números absolutos), percentagem que é mais do dobro da média nacional, de 12,9%.

A hospedagem na orla predomina em estados nordestinos à beira-mar, como Rio Grande do Norte (42,4%), Alagoas (39,8%) e Paraíba (36,1%), onde estão as maiores percentagens de estabelecimentos nessa localização.

Na Bahia, 1 em cada 4 (25,8%) estabelecimentos está nas áreas urbanas, mas fora do centro (35,7% na média nacional) e 4,9% (apenas 62) estão em zona rural/reserva ambiental/parque ecológico, terceira menor proporção entre os estados, só acima de Maranhão (4,1%) e Pará (3,1%) e bem abaixo da média nacional (8,7%).

Bahia tem 3º menor percentual de quartos adaptados a portadores de deficiência (1,6%); Salvador tem o 2º mais baixo entre as capitais (1,3%)

No Brasil, apenas 2,2% dos quartos para hospedagem são adaptados a portadores de deficiência. Esse percentual é ainda mais baixo na Bahia (1,6% ou 1.193 dos 74.539 quartos) e coloca o estado como o terceiro com menor proporção de quartos adaptados – só acima de Roraima (1,3%) e Tocantins (1,5%) e abaixo de estados nordestinos como Alagoas (3,6% de quartos adaptados), Piauí (3,5%), Rio Grande do Norte e Paraíba (cada um com 3,1%) – os campeões em adaptação.

Entre as capitais, Salvador tem o segundo menor percentual de quartos adaptados (1,3% ou 207 dos 16.319), acima apenas de Boa Vista/RR (0,6%), e empatada com a cidade de São Paulo. Teresina/PI (5,3%), Maceió/AL (4,2%) e Aracaju/SE (3,4%) são as capitais com as maiores proporções de quartos adaptados a portadores de deficiência.

A situação da capital baiana, entretanto, já foi pior. Em 2011, somente 0,8% dos quartos para hospedagem eram adaptados (130 de 15.666).

Entre 2011 e 2016, Salvador foi a capital com menor aumento na oferta de hospedagem

Apesar de ser um dos principais destinos turísticos do país e de ter sediado grandes eventos internacionais nos últimos anos, Salvador praticamente não teve incremento na sua oferta de hospedagem entre 2011 e 2016.

Nesse período, dentre as capitais, Salvador teve os menores aumentos percentuais tanto no total de estabelecimentos de hospedagem (1,4%) quanto no total de leitos disponíveis (2,0%) e o segundo menor acréscimo no total de quartos (4,2%), acima apenas que o verificado em Boa Vista/ RR (3,8%).

Em números absolutos, isso significou mais 5 hotéis, pousadas e similares; 680 novos leitos e 653 quartos a mais na capital baiana, em cinco anos.

As capitais com maior crescimento percentual na capacidade de hospedagem, em termos de quartos e número de leitos, foram Belém (58,8% mais quartos, ou +2.546, em números absolutos, e 58,0% mais leitos, ou +5.543), Palmas (58,9% mais quartos, ou +937, e 53,0% mais leitos, ou +1.895) e Brasília (52,0% mais quartos, ou +6.018, e 44,7% mais leitos, ou +12.187).

Por outro lado, houve redução na capacidade de hospedagem (quartos), em relação a 2011, em Curitiba (-2,1% ou -268) e Natal (-3,2% ou -370).

Como resultado, entre 2011 e 2016, a média de quartos por estabelecimento de hospedagem em Salvador ficou praticamente inalterada, passando de 44 para 45. O mesmo ocorreu em relação à média de leitos por estabelecimento, que havia sido de 96 em 2011 e ficou em 97 em 2016 – o que fez com que, nesse período, Salvador tenha sido ultrapassada nesse indicador por capitais como Recife (de 95 para 115 leitos por estabelecimento), Belo Horizonte (de 96 para 106) e Goiânia (de 96 para 98).

A cidade do Rio de Janeiro continua com a maior média de quartos por estabelecimento de hospedagem (70), embora tenha havido redução em relação a 2011 (74). A capital fluminense também lidera em número médio de leitos por estabelecimento (152). 

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