Educação
Mesa redonda discute conjuntura política e impactos nas instituições em Feira de Santana
O evento foi promovido pelas reitorias da Uefs, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e do Instituto Federal da Bahia (Ifba) e reuniu estudantes, professores e pessoas interessadas no assunto.
22/06/2017 às 13h24, Por Rachel Pinto
Rachel Pinto
O atual cenário político brasileiro marcado por crise econômica e social e os impactos que essa situação vem causando às instituições públicas de Feira de Santana foi tema de uma mesa redonda na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) na manhã de quarta-feira (21).
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
O evento foi promovido pelas reitorias da Uefs, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e do Instituto Federal da Bahia (Ifba) e reuniu estudantes, professores e pessoas interessadas no assunto.
O professor de história da Uefs Eurelino Coelho disse que a crise está presente em todas as instituições de educação, mas em situações diferentes. Segundo ele, em algumas instituições há problemas estruturais, de manutenção e a maioria são relacionados à falta de orçamento.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“Não existe gestão possível quando todos os nossos custos aumentam e todas as novas verbas permanecem congeladas ou se restringem. Nós já cortamos, demitimos trabalhadores, cortamos várias despesas. Mas, se não houver algumas despesas as universidades não funcionam. Portanto, é calamitosa a situação do ensino superior público no Brasil e das universidades particulares em decorrência de uma crise que desaba sobre nós”, relatou.
A estudante de psicologia de uma faculdade particular, Suellen Amaral, contou que o debate sobre a conjuntura política e os impactos nas universidades foi muito proveitoso e trouxe reflexões de como os problemas devem ser enfrentados. Na opinião dela, a PEC do Teto dos Gastos vai agravar ainda mais essa situação.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“Na minha percepção esse impacto nas instituições públicas reflete justamente a possibilidade que a gente tem de discussão de enfrentamento e cria novas estratégias para ir de frente com o que tem sido colocado. Os impactos nas instituições públicas são relacionados com infraestrutura, a permanência estudantil, condições de trabalho que atingem diretamente a classe trabalhadora. O congelamento de repasse de verbas públicas por 20 anos, na verdade é mais um impacto negativo para toda a sociedade e porque é uma forma de estancar e impedir que a gente tenha um crescimento social e econômico na nossa sociedade”, afirmou.
O professor de química da UFRB, Aroldo Junior salientou que a redução de verbas nas universidades também reflete na construção do novo campus da UFRB em Feira de Santana.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“Nesse cenário atual nós não temos uma perspectiva concreta de quando teremos orçamento para a construção desse novo campus. Vai depender de emendas parlamentares, de outras iniciativas para correr atrás desses recursos. No orçamento da universidade, não há condições de construir agora”, finalizou.
Com informações do repórter Ney Silva do da Acorda Cidade.
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