Feira de Santana

Gerente comercial da Embasa diz que reajuste é para custear ações da empresa

O diretor informou que, de 2011 a 2016, a empresa investiu R$ 4 bilhões e sem essa tarifa não tem como a Embasa fazer esses investimentos. Ele explicou ainda o motivo do reajuste ter sido acima da inflação.

21/06/2017 às 16h28, Por Maylla Nunes

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Laiane Cruz

O reajuste de 8.8% nas contas da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), que entrou em vigor no mês de junho, foi alvo de muitas reclamações por parte da população em Feira de Santana. O gerente comercial da Unidade Regional da Embasa, Lucas Araújo, informou que o aumento é muito importante para que a Embasa possa custear suas obras e sua operação. Além disso, segundo ele, a empresa tem um orçamento próprio e sobrevive exclusivamente da sua tarifa.

“Esse aumento é com base na inflação, no custo de energia elétrica e com os produtos químicos também. Esse aumento visa principalmente, no momento, ações de enfrentamento à seca. A gente vem passando por um momento crítico, a maior seca dos últimos 100 anos, 53% dos municípios da Embasa estão em situação de emergência e esse aumento vem pra ajudar a cobrir os custos dessas ações, que tem um custo hoje de R$ 1,2 bilhões em investimentos da Embasa”, afirma Lucas Araújo.

O gerente comercial informou que, de 2011 a 2016, a empresa investiu R$ 4 bilhões e sem essa tarifa não tem como a Embasa fazer esses investimentos. Ele explicou ainda o motivo do reajuste ter sido acima da inflação.

“Esse aumento é autorizado pela nossa agência reguladora, a Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Agersa), que faz a definição desse valor, e a Embasa apenas cumpre. Parte do cálculo vem da inflação, que é em torno de 4,8%, e o restante vem dos custos com energia e produtos químicos.”

Reestruturação tarifária

O gerente comercial da Unidade Regional da Embasa, Lucas Araújo, esclareceu também as mudanças que ocorrerão daqui para a frente da estrutura tarifária.

“O primeiro momento que vai acontecer agora nas contas de julho é o aumento de 8,8%, que a Embasa chama de revisão tarifária. O segundo momento que vai acontecer nas contas de agosto é uma mudança na estrutura tarifária. As contas que consomem o mínimo, de 0 a 10 metros cúbicos, vão pagar R$ 27,50. A questão é que agora o mínimo será de 0 a 6 metros cúbicos. Então quem paga R$ 27,50 vai pagar R$ 31,86. Mesmo com esse aumento a tarifa da Embasa continua sendo uma das mais baratas do país”, afirmou o diretor.

Conforme Lucas Araújo, a mudança da estrutura tarifária ocorrerá porque o perfil de consumo das pessoas mudou ao longo dos anos e as pessoas não ficam mais em suas residências, que ficam desabitadas durante o dia.

“As residências tinham uma média de quatro pessoas, e hoje a média nacional é de três pessoas. Então as pessoas estão consumindo menos realmente e uma das formas da gente fazer com que as pessoas economizem água é cobrando uma tarifa sobre isso, pois a gente sabe que quando dói no bolso, as pessoas economizam água”, salientou.

O gerente comercial da Unidade Regional da Embasa lembra que no site da Embasa, através do www.embasa.ba.gov.br, tem diversas dicas de economia de água que os consumidores podem ter acesso, dentre as quais ele destacou algumas como fechar as torneiras na hora de escovar os dentes, desligar o chuveiro enquanto passa sabonete no banho, entre outras que são muito importantes.

“Evitem lavar as calçadas com a água que vem diretamente da Embasa e usem um balde. Ao tomar banho, fechem o chuveiro. Coloquem um redutor de vazão nas torneiras, nas pias, pois isso economiza bastante água. Quem lava carro diretamente na torneira gasta muito”, exemplificou.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade 

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