Educação

Greve dos vigilantes: reitor da Uefs diz que vai avaliar situação para retorno das atividades

De acordo com o reitor, todos os dias uma nova avaliação da situação será feita e quando houver condições para o retorno das aulas, a comunidade será comunicada.

24/05/2017 às 14h55, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso

A greve dos vigilantes iniciada nesta quarta-feira (24) ainda não tem data para acabar e por causa da paralisação, as atividades na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) estão suspensas. O reitor Evandro Nascimento informou que recebeu cinco diretores do sindicato dos vigilantes, que entregaram um ofício comunicando sobre a greve e por precaução as atividades na instituição estão suspensas.

De acordo com o reitor, todos os dias uma nova avaliação da situação será feita e quando houver condições para o retorno das aulas, a comunidade será comunicada. Ele destacou que o interesse da Uefs é que o retorno da normalidade ocorra o mais breve possível.

Segundo Evandro Nascimento, a interrupção das atividades na Uefs gera um transtorno na instituição, que tem um calendário a ser cumprido de 100 dias letivos para o primeiro semestre e mais 100 dias para o segundo semestre. “Inevitavelmente vamos ter que readequar o calendário universitário. Esse é o principal impacto que temos”, disse.

Dificuldades financeiras

O reitor Evandro Nascimento também falou sobre as dificuldades financeiras que a Uefs enfrenta. Ele destacou que o país como um todo está vivendo uma situação de muita instabilidade e que isso reflete também na universidade.

“Temos uma conjuntura de crise política, crise institucional e crise econômica e isso reflete também na Bahia e consequentemente temos tido tanto redução do orçamento da universidade como também as paralisações de várias categorias lutando por seus direitos, que também têm colocado um clima de interrupção das atividades da Uefs, mas não vejo isso como um fato isolado. É um processo a nível nacional e se a população como um todo está desanimada e apreensiva, é claro que dentro da universidade os estudantes, professores e funcionários podem estar sentindo um desânimo”, analisou.

Evandro Nascimento informou que a Uefs vai iniciar debates sobre a situação que a instituição vive, além de realizar o Plano de Desenvolvimento Institucional para dar respostas e saídas para essa situação de dificuldade financeira. Ele destacou que apesar do quadro adverso, nacionalmente, a universidade tem que conduzir suas atividades e que está trabalhando pra isso.

Para tentar reverter o quadro econômico da universidade, o reitor disse ainda tem feito gestões junto ao governo do estado para conseguir a concessão financeira a cada mês, dentro das necessidades que a Uefs tem.

“Hoje temos um contingenciamento de 10% do repasse mensal e claro que isso afeta a qualidade das atividades da universidade. Nós temos a necessidade de pautar a recomposição dessa concessão a cada mês para que possamos manter a capacidade de investimento em equipamentos para laboratórios e também manter o fluxo de material de consumo e a regularidade dos contratos”, disse.

Evandro Nascimento garantiu ainda que a universidade tem priorizado o pagamento dos terceirizados. “Em geral, da parte da Uefs, não há atrasos de prazos muito prolongados, pois priorizamos esses serviços pela importância que têm e, às vezes, temos problemas com algumas empresas em relação à sua documentação. Outros contratos, por conta da questão financeira, estão ficando com algum atraso, mas não na área de terceirizados”, afirmou.

Inscrições para o vestibular de meio de ano

Apesar das dificuldades e da crise financeira que o país enfrenta, o reitor informou que houve um aumento de inscritos para o vestibular de meio de ano, em comparação com anos anteriores. Porém, ele observa que houve queda da concorrência para alguns cursos, principalmente licenciaturas.

“Não sabemos se isso está relacionado à reforma do ensino médio, onde algumas licenciaturas deixaram de ser conteúdo obrigatório. Talvez isso desestimule a opção pela carreira do magistério para boa parte dos estudantes. Além disso, houve um aumento na oferta de vagas no sistema privado e no sistema de universidades federais. Mas neste ano tivemos um número grande de inscritos para o vestibular de meio de ano”, declarou.

As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
 

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