Feira de Santana

Após reivindicações, prefeitura desenvolve ações voltadas para comunidade Lucas da Feira

O secretário Ildes Ferreira, da secretaria de Desenvolvimento Social, disse que conhece bem as dificuldades dos moradores e que o município tenta resolver.

24/05/2017 às 14h02, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso

Há cerca de três anos a comunidade do Quilombo Lucas da Feira cobra da prefeitura de Feira de Santana condições dignas de vida e moradia para as famílias que ocupam o terreno da antiga fábrica da Alimba, as margens da BR 116 norte. Márcia Sacramento Ribeiro mora no local há cerca de cinco anos. Ela tem dois filhos, um de cinco anos e outro de três, e cobra melhorias.

“Além de tudo a gente precisa de moradia, porque de repente pode chegar alguém aqui dizer que é o dono e pedir pra gente sair. Aqui também precisa de limpeza, pois tem muito lixo, muita água empossada. Antes de vir pra cá eu morava de aluguel, pagava 200 reais, mas não tive mais condições de pagar. Eu construí um barraco e vim morar com meus filhos e meu marido, que trabalha de ajudante”, relatou.

Sonia Sacramento Ribeiro, 53 anos, mora no local há três anos em um barraco que ela conta que já encontrou pronto, pois não teve condições de construir. Ela mora com um filho e um neto e também cobrou melhores condições. “A gente precisa de limpeza, de água e luz, pois temos ligações clandestinas e qualquer hora pode cortar. A gente também precisa que o prefeito dê um lugar digno, que seja nosso mesmo. A gente está aqui, mas não é nosso”, disse.

De acordo com Sonia, os moradores do local já se reuniram com a secretaria de Habitação, onde foram informados que não iam precisar se inscrever no Programa Minha Casa, Minha Vida. “Eles disseram que a gente está dentro de casa e que não é pra gente se incomodar, mas a gente quer saber de verdade o que vai acontecer”, afirmou. Ela disse ainda que a secretaria de Habitação já colocou uma coleta de lixo no local, cadastrou os moradores no Programa Bolsa Família, além de disponibilizar serviços de saúde. 

O secretário Ildes Ferreira, da secretaria de Desenvolvimento Social, disse que conhece bem as dificuldades dos moradores. “Tivemos no local e conseguimos inserir alguns moradores no Minha Casa, Minha Vida. Desde 2013 que eles fizeram um conjunto de reivindicações ao prefeito e a gente tem uma relação de conversa com eles. Esse pessoal está sempre em mobilidade e poucos são permanentes, o que dificulta até para incluir nos programas sociais”, destacou.

Além dessa dificuldade, o secretário afirmou que o local onde as pessoas estão é uma área particular e a prefeitura não pode fazer nenhum tipo de construção, em benefício dos moradores. “Isso é outro problema, pois a gestão pública não pode fazer nenhum investimento permanente, por ser uma área particular. Não sei se ali tem o número suficiente de pessoas para implantar uma escola, mas se houver, não pode ser construída”, justificou.

As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
 

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