Feira de Santana

Clériston Andrade fica super lotado; UPA e policlínicas não conseguem transferir pacientes

Um dos casos que merece atenção especial é a da dona de casa Railda Maria dos Santos de 82 anos, que está internada desde o último domingo (14) na policlínica do Tomba aguardando regulação.

18/05/2017 às 16h55, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso e Ney Silva 

Pacientes com diversos problemas de saúde que estão na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Mangabeira e em seis das sete policlínicas de Feira de Santana estão enfrentando dificuldades para serem transferidos para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA).

Ao todo são 16 pacientes aguardando regulação, sendo sete na Upa (um deles entubado), um na policlínica da Rua Nova, um paciente entubado na policlínica de São José, três pacientes na policlínica do Tomba, um na do Feira X e três na policlínica do Parque Ipê.

Um dos casos que merece atenção especial é a da dona de casa Railda Maria dos Santos de 82 anos, que está internada desde o último domingo (14) na policlínica do Tomba aguardando regulação. A filha dela, Gildete dos Santos Silva, contou que a mãe teve um AVC no último final de semana e precisava ser transferida para um hospital, mas não conseguiu por falta de vaga.

“Minha mãe foi muito bem atendida aqui na policlínica, mas era para ter sido levada para o Clériston, o que não aconteceu por falta de vaga”, afirmou.

O gerente da policlínica do Tomba, José Pires Leal, disse que a situação é preocupante com relação a transferência dos pacientes para o Hospital Clériston Andrade ou outras unidades do estado. Segundo Leal, a obrigação de receber os pacientes em situação mais grave é da secretaria estadual de Saúde. Apesar da situação preocupante, ele salienta que foi instalada uma estrutura para o período da Micareta e tranquiliza quem vai participar da festa. “Estamos em plana Micareta e o município montou uma estratégia e um plano de ação para atender os pacientes que estiverem na Micareta e também os pacientes do atendimento de rotina”, afirmou.

O diretor do Hospital Geral Clériston Andrade, José Carlos Pitangueira, confirmou que o hospital está lotado e disse que para não ter pessoas em policlínicas dependendo de transferência para o Clériston, seria necessário desafogar o hospital, evitando atendimentos de pacientes na área de ortopedia.

“Paciente de ortopedia ocupa leito e regulação vive de leito. Se tiver 50 pacientes internados em leitos de ortopedia, se perde 50 vagas. Além dos pacientes de ortopedia, temos uma média de 30 pacientes por semana vítima de tiros e facadas, que também ocupam leitos. Esses pacientes, às vezes, levam 10, 15 dias ocupando um leito”, explicou.

O diretor disse que está tentando um convênio com algum hospital em Feira de Santana, que possa atender os pacientes de ortopedia. Ele disse que vem tentando, junto ao governo do estado, melhorar essa regulação e afirmou que conseguiu regular nesta quinta dois pacientes de unidades de saúde do município.

O município

Por meio de nota a Secretaria Municipal de Saúde informou que tem traçado estratégias para diminuir o número de pacientes que estão na fila de transferência para hospitais. 

"Médicos especialistas estão fazendo avaliações detalhadas de cada paciente, desde a implantação da ação 9 pacientes conseguiram alta e transferência. A medida tem ajudado a desafogar a fila de regulação, após solicitação de exames o médico especialista pode liberar o paciente para alta ou mantê-lo na regulação. Para ajudar nessas ações, enfermeiros estão realizado diariamente sala de espera nas Policlínicas, visando conscientizar o usuário da utilização correta do serviço. Dos 17 pacientes que estavam na fila aguardando vaga em algum hospital, a Secretaria de Sáude conseguiu transferir 2, estes foram para o Hospital Geral Cleriston Andrade e o Hospital D. Pedro de Alcântara, outros 7 pacientes foram liberados após avaliações médicas", diz a nota.
 

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