Dia das Mães

Mãe conta os desafios de uma gravidez de risco e comemora seu primeiro Dia das Mães

A jovem mãe é um exemplo para outras mães que passam por situações adversas e diz que segue sempre tentando tirar uma lição positiva de tudo que já passou.

14/05/2017 às 06h45, Por Rachel Pinto

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Rachel Pinto

A jovem Sheila Lhais de Oliveira Campos, de 24 anos, sempre sonhou em ser mãe. Em 2016, seus principais planos eram o casamento e, em seguida, a maternidade. Tudo estava muito bem planejado até que uma notícia repentina inverteu a ordem das coisas.


  Foto: Caroline Araujo

De casamento marcado para o dia 16 de janeiro, em uma consulta de rotina com o médico ginecologista, descobriu que o sonho de engravidar estava adiado. Um diagnóstico de ovário policístico e diversos nódulos nos seios a deixaram sem chão. Além da preocupação com a saúde, a tristeza foi ainda maior quando soube que só poderia engravidar através de um tratamento.
 
De repente, todos os sonhos da jovem iam se distanciando até a data da próxima consulta médica, que aconteceu após o casamento. No dia 1º de fevereiro, em um exame de ultrasson, Lhais teve outra surpresa. A maternidade que seria adiada por um tempo e que segundo os médicos só viria através de um tratamento, já existia e estava na sua quarta semana. Lhais conta que foi um choque e um misto de alegria e emoção.
 
“Surgia o primeiro milagre. Eu estava grávida de 4 semanas, fiz a ultrasson para confirmar, porém só existia o saco gestacional. Não tinha embrião e nem batimentos cardíacos. O médico mandou esperar 15 dias para confirmar uma gravidez anembrionária. Passados os 15 dias, para a nossa surpresa, existia embrião e um coração pulsando”, relatou.
 
A alegria de ser mãe foi dando lugar às esperanças e os problemas de saúde ficaram pequenos perto do milagre que acontecia no ventre da nova mãe. No entanto, aos cinco meses de gestação, eis que novos desafios e angústias surgiam em relação ao desenvolvimento do bebê. Com 95% de risco de ter eclampsia e a possibilidade do bebê ter restrição no crescimento uterino, a fase mais difícil estaria por vir.

“Minha obstetra cortou todo o sal da minha alimentação e começou a me medicar para que eu não viesse a ter eclampsia. Mas, ela deixou claro que provavelmente eu teria um parto prematuro. Nas 30 semanas eu comecei a ter contrações e descobrimos que eu estava tendo uma ameaça de parto prematuro. Comecei a tomar remédio e fiquei em repouso absoluto”, afirmou.

Foto: Caroline Araujo

O desespero de Lhais aumentou quando ao chegar na 34ª semana começou a dilatação para o parto. Grávida de uma menina, ela escolheu o nome Eloah, que em hebraico significa a palavra Deus. Com muita fé, ela confiou em Deus e a filha chegou na trigésima sétima semana de gestação.
 
“Fiquei internada uma semana para evitar o parto e amadurecer o pulmão da minha filha. Com 36 semanas, estava com dois dedos de dilatação e a médica disse que minha filha estava pronta para nascer e tinha tudo para um parto normal. Mas, na 37ª semana, o parto normal tomou um rumo diferente. Já tinha perdido todo o líquido e Eloah veio de uma cesariana de emergência em sofrimento fetal, mas não teve absolutamente nada”, declarou.
 
Primeiro dia das mães
 
Esse é o primeiro Dia das Mães de Lhais, ao lado da filha que tanto desejou. Ela destaca que a maternidade tem sido a concretização de um sonho e nesses sete meses tem tido muitos aprendizados e agradecimentos.
 
“A maternidade é tudo para mim. É a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Foi um divisor de águas, hoje vejo o mundo com outros olhos. Quando eu olho para minha filha eu renovo as minhas forças”, enfatizou.

Futuro e outros filhos
 
Mãe em tempo integral, Lhais se dedica à criação da filha com a ajuda da sua mãe. Acompanha o desenvolvimento de Eloah e a cada aprendizado é uma nova conquista. Os ovários voltaram ao normal, mas o nódulo de mama continua e a amamentação é feita com apenas um seio.
 
“Só amamento em um seio. O outro não sai leite de jeito nenhum. Eu vou aprendendo com meu instinto materno e até agora vem dando certo. Sempre sonhei com tudo isso e penso em daqui a uns seis anos ter mais filhos. Quando eu confirmei a gestação, vi que meu coração já dizia que era minha princesa que viria. Eu falei com Deus que se ele me desse uma filha mulher eu colocaria o nome Eloah. Ela é meu presente de Deus”, finalizou.

Compartilhando histórias
 
Com as novas experiências, mãe e filha compartilham suas histórias e momentos felizes em redes sociais. Lhais faz questão de contar todas as suas lutas e aprendizados e que sempre vale a pena acreditar em um sonho e nunca desistir. A jovem mãe é um exemplo para outras mães que passam por situações adversas e diz que segue sempre tentando tirar uma lição positiva de tudo que já passou.

Para saber mais sobre a história de Lhaís e Eloah acompanhe as experiências de mãe e filha no perfil do instagram: @diariodaeloah.
 

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