Economia
Na Bahia, vendas do varejo caem 2,3% de fevereiro para março
Nessa comparação, o comércio baiano teve desempenho pior que a média nacional (-1,9%) e seguiu o movimento de queda verificado em 15 dos 27 estados
11/05/2017 às 14h44, Por Kaio Vinícius
Acorda Cidade
Em março de 2017, as vendas do varejo na Bahia tiveram queda de 2,3% na comparação com o mês anterior, aprofundando o recuo de 0,6% de janeiro para fevereiro, na série livre de influências sazonais.
Nessa comparação, o comércio baiano teve desempenho pior que a média nacional (-1,9%) e seguiu o movimento de queda verificado em 15 dos 27 estados. As maiores retrações foram observadas em Goiás (-13,2%), São Paulo (-5,9%) e Acre (-2,5%).
Em relação a março de 2016, o comércio varejista baiano recuou 4,6%, reduzindo o ritmo de queda em relação ao tombo de 6,4% registrados em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Com o resultado negativo de março, o varejo na Bahia acumula 27 quedas consecutivas nas vendas, desde janeiro de 2015 (-3,7%).
Nessa mesma comparação, a queda no varejo baiano foi um pouco mais acentuada que a média nacional (-4,0%) e acompanhou o movimento de recuo verificado em 17 dos 27 estados, com destaque para Goiás (-17,0%), Distrito Federal (-10,3%) e Roraima (-9,5%).
Com os resultados de março, na Bahia, o acumulado em 12 meses mostra uma queda de 10,5% para as vendas do varejo, um pouco acima do recuo de 11,1% acumulado nos 12 meses encerrados em fevereiro, mas quase o dobro da retração verificada nacionalmente, de 5,3%. Esse indicador é negativo para todos os 27 estados.
No primeiro trimestre de 2017, o comércio baiano acumulou uma perda de 4,9% no volume de vendas, um pouco mais acentuada que o recuo de 3,0% da média nacional. Dos 27 estados, 20 registram recuo das vendas no ano.
Para o comércio varejista ampliado – que engloba o varejo e as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção -, na Bahia, houve queda de 2,0% na comparação março 17/ março 16, numa forte redução de ritmo de retração em relação ao verificado em fevereiro (9,0%) e um pouco acima da variação nacional (queda de 2,7%). Nessa comparação, o varejo ampliado na Bahia acompanhou o movimento de queda verificado em 15 dos 27 estados, destacando-se os recuos de Goiás (15,5%), São Paulo (7,9%), Rondônia (7,4%).
Em 2017, o varejo ampliado baiano acumula queda de 4,5% (frente a uma média nacional de retração de 2,5%) e, nos 12 meses encerrados em março, as perdas somam 9,4% (frente a um recuo nacional de 7,1%). Na taxa anualizada (12 meses), dos 27 estados, apenas Roraima apresenta variação positiva para o varejo ampliado (0,6%).
Hiper e supermercados
Em relação ao mesmo mês do ano passado, em março, na Bahia, 5 das 10 atividades do varejo e varejo ampliado tiveram resultados positivos, com destaque, em termos de magnitude, para Livros, jornais, revistas e papelaria (48,5%), Móveis e eletrodomésticos (20,3%) e Material de construção (9,1%).
Por outro lado, das 5 atividades com taxas negativas, os piores resultados vieram de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios e fumo (13,0%), Combustíveis (9,0%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8,0%).
Por ser a atividade de maior peso no volume de vendas do comércio baiano, os hiper e supermercados exerceram a principal influência na queda do varejo em março. No estado, as vendas desse setor seguem em queda desde maio de 2015 (caíram 4,9%) e aumentaram o ritmo de recuo em relação a fevereiro (quando foi de 12,4%).
Nos 12 meses encerrados em março, nenhuma das 10 atividades pesquisadas pelo IBGE teve desempenho positivo na Bahia.
Fonte: Correio 24h
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