Sindicato solicita ampliação do número de carros-pipas na zona rural de Feira de Santana

^{Daniela Cardoso}

O presidente do sindicato dos trabalhadores rurais de Feira de Santana, Zé Grande, participou de audiência com o prefeito José Ronaldo, onde solicitou ampliação no número de carros-pipas para abastecer a zona rural de Feira de Santana devido a longa estiagem. Segundo Zé Grande, o prefeito informou que são 12 carros-pipas, mas ele afirma que essa quantidade não atende a demanda.

“Precisamos de mais de 20 carros-pipas para atender toda a demanda. Temos distritos grandes e distantes da cidade, a exemplo de Jaguara, que tem mais de 100 comunidades. É praticamente uma cidade, quando falamos em dimensão. Precisamos de mais carros para atender as famílias que passam necessidade com a falta de água. Muitos animais estão morrendo de sede. Precisamos construir alternativas”, destacou Zé Grande.

O sindicalista afirma que antes era possível citar os distritos mais atingidos pela seca em Feira de Santana, mas disse que atualmente os distritos em sua maioria estão em estado de calamidade, sofrendo com a falta de água, seja da Embasa ou da prefeitura, através dos carros-pipas. Apesar da situação, ele lembra que os agricultores nunca perdem a fé.

“No dia 19 de março tivemos uma grande caminhada pedindo a São José que interceda junto a Jesus para mandar a chuva. O que mantém esses agricultores é a fé”, afirmou, acrescentando que fez uma proposta ao prefeito para que esse ano se coloque uma verba carimbada destinada para a agricultura familiar dentro da secretaria, para que possa amenizar o sofrimento das comunidades durante o período da seca.

O presidente do sindicato falou ainda sobre a construção de novos reservatórios nas comunidades da zona rural. “Os reservatórios que temos construídos em Feira são do Governo Federal e do Governo do Estado. São cerca de 3 a 4 mil reservatórios e nós solicitamos do prefeito que sejam construídos reservatórios comunitários, onde todos os agricultores tenham acesso. Os reservatórios que temos atualmente são familiares, onde cabem cerca de 17 mil litros de água. Os reservatórios comunitários teriam capacidade para cerca de 50 mil litros, no mínimo”, explicou.

As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade.