Saúde

Secretaria fala sobre filas em postos de saúde e falta de medicamentos

A secretária Denise Mascarenhas reconheceu que as longas filas acontecem porque a demanda de pessoas é maior que a quantidade de serviços.

13/03/2017 às 15h02, Por Kaio Vinícius

Compartilhe essa notícia

Laiane Cruz

A secretária de Saúde de Feira de Santana, Denise Mascarenhas, esteve na manhã desta segunda-feira (13) no programa Acorda Cidade, da Rádio Sociedade de Feira, acompanhada do coordenador da assistência farmacêutica do município, Juraci Neto. Juntos eles responderam a diversas reclamações da população feirense sobre as longas filas para marcação de consultas e exames para pacientes nos postos de saúde e a falta de medicamentos na rede, entre outros assuntos.

Sobre as longas filas que muitos pacientes têm que enfrentar, a demora para se conseguir um atendimento na rede municipal de saúde e o fato de que muitas pessoas chegam aos postos de saúde de madrugada para garantir uma senha, a secretária Denise Mascarenhas reconheceu a situação. Segundo ela, isso acontece porque a demanda de pessoas é maior que a quantidade de serviços oferecidos pelo município.

“Existe realmente a questão das filas, e nós temos feito um trabalho constante. São exames que nós, muitas vezes, não temos facilidade e não é só na saúde pública. São exames que vêm em pouca quantidade e consultas para aqueles médicos como neurologistas, cardiologistas, reumatologistas, que temos em pequena quantidade para oferecer. A realidade é que a oferta do que temos é menor”, informou a secretária.

Ela argumentou ainda que muitos profissionais não querem atender pelo SUS. “A gente não encontra profissionais para contratar para o SUS. A tabela do SUS tem 14 anos sem aumento. Hoje se paga por uma consulta a um neurologista R$ 15, o município paga R$ 50, colocando recursos próprios”, disse.

Já com relação à falta de medicamentos, coordenador de assistência farmacêutica do município, Juraci Neto, explicou que atualmente existem cerca de 200 itens de medicamentos da farmácia básica, os quais são financiados pelo estado, a união e o município, mas que os recursos são insuficientes para abastecer todas as unidades e comprar todos os itens da farmácia básica.

“Temos 12 anos sem reajuste na tabela da contrapartida e o município vem arcando a mais do que o padronizado na portaria, porque hoje o recurso não dá pra abastecer todas as unidades e comprar todos os itens da farmácia básica. O estado envia em forma de medicamento a sua contrapartida, e o governo federal envia através do recurso do fundo municipal e a secretaria de saúde licita esses medicamentos. Têm doze anos o mesmo valor, e há demanda crescente, além do aumento do preço dos medicamentos, o que reflete na requisição da licitação”, afirmou.

Segundo Juraci, a secretaria faz a programação com os recursos municipais e depende da contrapartida do estado. “Quando há algum furo nessa programação a gente sofre, e pode ter um furo no próprio processo de aquisição da prefeitura, não por negligência da secretaria, mas por questões de mercado ou às vezes a gente não encontra o laboratório para comprar. E aí a gente faz a racionalização desses medicamentos”. 

Compartilhe essa notícia

Categorias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Notícias

image

Rádio acorda cidade