Polícia

Taxista preso por engano está abalado e quer desfazer mal-entendido

O taxista contou que ficou surpreso com a prisão e ao chegar à delegacia tentou se explicar.

21/10/2016 às 18h16, Por Rachel Pinto

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Rachel Pinto

O taxista Vinícius da Costa Borges trabalhava normalmente na tarde da última terça-feira (18) no ponto de táxi da Rodoviária de Feira de Santana, quando pegou duas passageiras com destino à cidade de Alagoinhas e acabou preso por engano acusado de tráfico de drogas.

De acordo com Vinícíus, por volta das 14h40 da tarde de terça-feira, duas mulheres portando caixas contrataram seus serviços para uma corrida até Alagoinhas. Chegando lá, elas foram até uma casa e pediram para que ele aguardasse para que fosse feito o pagamento da corrida. Neste momento, as mulheres e outras pessoas que estavam na casa foram abordadas pela polícia e autuadas em flagrante como tráfico de drogas. Vinícius foi levado junto com o grupo para a delegacia também sob a acusação de tráfico de drogas.

O taxista contou que ficou surpreso com a prisão e ao chegar à delegacia tentou se explicar que não conhecia o grupo. Muito abalado e nervoso ele não conseguiu ser ouvido e então ficou preso até a audiência de custódia quando ficou comprovado que ele não tinha ligação com as pessoas acusadas.

“Peguei as duas mulheres com as caixas e levei para Alagoinhas. Chegando lá, enquanto aguardava em frente a uma residência para que elas efetuassem o pagamento, fui abordado pela polícia. Fui preso junto com mais quatro pessoas e acusado de tráfico de drogas, formação de quadrilha e porte ilegal de armas. Não tenho envolvimento com nada disso. Apenas levei as passageiras e isso que aconteceu comigo pode acontecer com qualquer outro colega. Não temos autoridade para abrir sacola ou mala de nenhum passageiro. Eu fiquei muito nervoso e não conseguia me explicar. Eu nunca passei por uma situação dessa. Fiquei preso de terça até ontem (20), quando houve a audiência de custódia e o juiz entendeu que eu não tenho culpa”, afirmou.

Vinícius foi libertado após a determinação do alvará de soltura e na manhã desta sexta-feira (21). Em entrevista ao Acorda Cidade ele contou mais detalhes sobre sua história. Seu nome e fotos foram divulgadas em materiais de assessoria de comunicação da Polícia Civil e ele está buscando desfazer esse mal entendido.

“Meu nome e minha foto foram parar em todos os sites e rede sociais e me colocaram como coisas que eu não tenho nada a ver. Isso me deixou muito nervoso. Preciso voltar a trabalhar e estou preocupado com isso”, disse.

Marcos Eduardo Marques de Souza também é taxista e trabalha no mesmo ponto que Vinícius. Ele relatou que alguns colegas ao saberem do que aconteceu com Vinícius foram até Alagoinhas para prestar apoio e solidariedade.

“Nós seis nos reunimos e fomos até Alagoinhas para dar apoio a ele. Porque nós sabemos que ele realmente é inocente e assim como foi com ele poderia ser com qualquer um de nós. Estamos todos sujeitos a isso e não temos autonomia nenhuma para pedir o cliente para analisar o que tem dentro de suas malas” completou.

Comovido com a situação vivida pelo colega, Marcos Eduardo pediu que todas as pessoas que compartilharam a foto ou informações sobre a prisão equivocada de Vinícius possam contribuir apagando-as e divulgando a notícia da sua inocência.

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