Durante inauguração da UPA, Rui Costa anuncia mudança no Clériston e policlínica regional

^{Daniela Cardoso}

Durante a inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que vai funcionar ao lado do Hospital Geral Clériston Andrade, nesta terça-feira (27), o governador Rui Costa anunciou mudanças no Clériston e a construção de uma policlínica regional em Feira de Santana. Ele destacou que a UPA, que teve um investimento de três milhões de reais, é um grande equipamento, com uma grande estrutura e equipamentos modernos, que vai atender a população de Feira, em casos de menos gravidade.

Segundo Rui Costa, com a inauguração da UPA, o Clériston Andrade terá o atendimento requalificado, já que para problemas menos complexos, as pessoas não devem mais se dirigir ao hospital e sim à UPA, que, segundo o governador, terá uma equipe médica de plantão todos os dias da semana, 24 horas por dia, fazendo a triagem dos casos. Desse modo, conforme o governador, o Clériston Andrade vai atender apenas os casos mais graves.

Além da nova UPA, que o governador define como um equipamento que vai requalificar os serviços do Clériston, ele afirmou que conversou com o secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas Boas, e que vai transferir os leitos de maternidade do Hospital Clériston Andrade para o Hospital Estadual da Criança.

“Com isso teremos um ambiente mais apropriado para os novos feirenses nascerem. Além desse ganho na qualidade com um atendimento mais humanizado no Hospital da Criança, a população de Feira vai ganhar, pois os leitos hoje ocupados com maternidade no Clériston vão ser transformados em leitos hospitalares. Com isso, ampliamos o atendimento no hospital e aumenta o volume de procedimentos feitos”, afirmou.

Outra novidade apresentada pelo governador Rui Costa é a implantação de uma policlínica regional em Feira de Santana. Rui Costa afirmou que pretende iniciar a construção até o final deste ano e explicou que a policlínica vai atender pessoas de Feira e região.

“Essa policlínica terá um investimento de 20 milhões de reais. Nela terão 19 especialidades e também com todos os exames que as pessoas precisam fazer. Normalmente as pessoas iriam ou pra Salvador ou em um serviço particular. Com a policlínica, vamos fazer vários exames incluindo tomografia, ressonância magnética”, informou.

Novo hospital

Sobre a construção de um novo hospital regional para Feira de Santana, que foi uma das propostas apresentadas pelo governador quando foi eleito, ele informou que está buscando autorização do Banco Mundial, que o governo buscou um empréstimo, para que ele libere os recursos e o novo hospital possa ser construído.

“Cada coisa tem seu tempo. Estamos preparando a escadinha da saúde. O primeiro degrau dessa escada é a atenção básica com postos de saúde da família, que é responsabilidade dos munícipios. O segundo degrau dessa escada são os exames e as especialidades, isso estamos fazendo em parceria com os consórcios municipais de saúde e aqui em Feira pretendo iniciar até dezembro deste ano a construção da policlínica regional, para atender não só Feira de Santana, mas vários municípios do entorno. O outro degrau é o hospitalar, que com a UPA e as modificações no Clériston, a gente consegue uma melhoria imediata para a saúde”, afirmou. 

Estrutura da UPA

A UPA terá capacidade de atender até 450 pacientes por dia. A nova unidade conta com 24 leitos de observação, sendo quatro para atendimento de pacientes críticos, além de laboratório clínico e equipamentos para auxiliar o diagnóstico – a exemplo de raio-X, oftalmoscópio, laringoscópio e eletrocardiografia por telemedicina. Os pacientes serão atendidos conforme os protocolos de acolhimento com classificação de risco. 

Seleção da UPA

Sobre a seleção de profissionais para trabalhar na Unidade de Pronto Atendimento, inaugurada nesta terça-feira (27), que foi alvo de muitas reclamações e o Ministério Público recomendou suspensão do Processo Seletivo, o governador Rui Costa disse que houve algum ruído de comunicação e que está pedindo ao secretário de Saúde que entre em contato com a promotora do Ministério Público para esclarecer.

“O estado não contratou Reda e nem concurso público. A única obrigatoriedade de fazer uma seleção pública é quando há contratação de Reda ou de concurso público para empresa pública. O estado contratou uma organização social para gerir o hospital, portanto não tem nenhuma lei no país que exija que para contratar pessoas em organizações sociais ou empresas privadas tenha que haver concurso ou seleção pública. O que o estado vai cobrar e exigir muito é a qualidade para que sejam atendidas as metas que estão no contrato”, afirmou.

As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade