Conselheira da Mulher defende melhorias em estrutura da Lei Maria da Penha em Feira

^{Laiane Cruz}

Foi realizada na manhã de hoje (30) uma reunião promovida pelo Conselho da Mulher de Feira de Santana para discutir os 10 anos da Lei Maria da Penha. Segundo a conselheira Ana Rita Costa, é preciso que a Defensoria Pública acompanhe de perto toda a rede e todos os equipamentos do município que trabalham com a defesa da mulher.

“A gente tem um número grande de estupros, de feminicídios, e a gente precisa ver como estão sendo investigados os casos de violência contra a mulher, já que a Deam (Delegacia da Mulher) tem uma estrutura deficitária e não cabe mais para uma cidade como Feira de Santana, e a gente precisa de uma sede própria que o governador nos prometeu próximo ao DPT – Departamento de Polícia Técnica e até hoje a gente não vê nenhum passo concreto dessa demanda”, afirmou a conselheira.

Sobre os avanços da Lei Maria da Penha nesses 10 anos, Ana Rita Costa pontua que existem os equipamentos como os centros de referência, casa abrigo, a vara de violência, promotoria da mulher e a defensoria, os quais necessitam funcionar bem e de uma boa estrutura.

“As punições para os agressores deveriam ser mais rígidas. E está acontecendo em Feira de Santana um equívoco de uma conciliação que joga por terra tudo que a Lei preconiza”, afirma.

Quanto a questão da violência psicológica, ela afirma que a lei não contempla, uma vez que não há psicólogos na estrutura do município que atendam essa questão. Além disso, segundo a conselheira, a mudança constante no quadro de psicólogos na rede faz com que haja um número alto de vítimas com depressão e doenças psicossomáticas.

As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade.