Histórias do volante

Motoristas contam experiências e fatos curiosos da rotina de trabalho  

Certa vez o taxista pegou um passageiro na rodoviária em Feira de Santana com destino para Itabaiana. No meio do caminho, entre um bate papo e outro ele percebeu que o passageiro era um assaltante e estava indo visitar a mãe.

26/07/2016 às 18h12, Por Rachel Pinto

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Rachel Pinto

No dia 25 de julho, data em que é comemorado o Dia de São Cristovão, motoristas celebraram com muita fé o dia do padroeiro de profissão e relembraram experiências e fatos curiosos vividos no dia a dia.

O caminhoneiro paranaense Nereu Luff, de 53 anos, disse ao Acorda Cidade que em 22 anos de profissão já vivenciou muitas histórias e sua coragem e força vem da fé em Jesus Cristo e do amor e da saudade da família. Ele contou que chega a passar até dois meses fora de casa e da estrada tira muitas lições de vida.

“Sou casado e tenho duas filhas e dois netos. A saudade é grande e o meu dia a dia é com Deus. Eu faço minhas orações e ele me guia”, comentou.

Valdomiro Conceição tem 23 anos que trabalha como taxista em Feira de Santana e ele relembrou algumas histórias engraçadas que já viveu. Entre tantos passageiros, seu táxi é um verdadeiro livro de histórias e já levou assaltante pra ver a mãe e foi emprestado para um casal apaixonado namorar.

Certa vez ele pegou um passageiro na rodoviária em Feira de Santana com destino para Itabaiana. No meio do caminho, entre um bate papo e outro ele percebeu que o passageiro era um assaltante e estava indo visitar a mãe. Apegado com Deus, ele seguiu adiante e no destino final deu tudo certo. O valor da corrida foi recebido e ele ainda foi convidado para tomar café na casa da mãe do assaltante.

“Quando estou parado no ponto e pego uma corrida eu peço muito a Deus. Eu analiso muito as coisas e experiências e converso muito com os policiais. Mesmo assim já fui assaltado algumas vezes. É uma profissão arriscada e muito perigosa”, acrescentou.

Mas, é com muitos risos que Valdomiro relembra a história mais engraçada que já viveu em mais de duas décadas de profissão. Segundo ele, o fato aconteceu no dia 12 de junho de 1997.

“Era Dia dos Namorados e eu peguei um casal de namorados em frente à antiga padaria “Chinesa” na Avenida Getúlio Vargas. Rodamos vários motéis da cidade e estavam todos lotados. Não tinha vaga em lugar nenhum. Aí o rapaz disse que ia viajar e precisava se ajeitar com a namorada. Ele pediu o táxi emprestado e disse que quando terminasse me avisava. Uma hora e meia depois ele veio, pagou o valor referente a cinco diárias de motel e ainda me deu uma gratificação”, contou.

Valdomiro disse que se fosse hoje não teria a mesma atitude. Ele ressaltou que no auge da sua experiência tem mais cautela na profissão e também muita maturidade. A rotina no táxi começa bem cedo. É na “praça” que ele passa a maior parte do tempo e onde vai conhecendo muita gente e fazendo novos amigos.

“Eu sou bem conhecido na cidade. Meu dia começa às 3h da madrugada. Umas 10h eu vou pra casa almoçar e meio dia eu volto para praça para seguir a vida”, afirmou.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade 

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