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Mulher assassinada pelo marido era espancada há sete anos, diz filha

O delegado Gustavo Coutinho disse que o acusado é bastante violento e morava sozinho com ela. Ele orientou que todas as mulheres vítimas de agressão procurem ajuda na Deam.

26/07/2016 às 11h21, Por Andrea Trindade

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Andrea Trindade

Sete anos de dor e sofrimento terminaram de forma trágica para a dona de casa Edna Pereira das Mercês, 38 anos, que morreu no último domingo (24) após não resistir aos ferimentos supostamente provocados pelo marido Ivan Meireles da Silva, que segundo parentes a espancava e não permitia o contato dela com vizinhos e familiares. A polícia investiga a causa a morte, que também pode estar associada a uma queda que a vítima sofreu.

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O fato é que Edna foi socorrida para o Hospital Geral Clériston Andrade pela filha Maiana das Mercês Santos, 22 anos, com ferimento grave no olho. Segundo Maiana, o acusado manteve a vítima em cárcere privado, na residência do casal no bairro Conceição, em Feira de Santana.

“Ela era espancada esse tempo todo e o mais grave foi agora. Desde terça-feira (19) ele batendo nela, maltratando, mantendo em cárcere privado e quando ele viu que ela estava morrendo, não fez mais nada, cheguei lá e levei ela com duas viaturas para o hospital e ela morreu. Ela chegava corrida na casa de minha avó e ele ia buscar”, relatou.

Maiana disse também que a vítima teria mentido para a família quando disse que já tinha denunciado o marido para a polícia. Quando o delegado procurou a queixa no sistema da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), nada foi encontrado.

De acordo com Maiana, eles chegaram a ficar cinco anos separados, mas depois reataram o relacionamento. "Ele a procurava direto e ligava. A gente sabia das agressões dávamos conselhos para ela e não adiantou. Ela voltou para ele do mesmo jeito", contou.

O delegado Gustavo Coutinho disse que o acusado é bastante violento e morava sozinho com ela. O delegado orientou que todas as mulheres vítimas de agressão procurem ajuda na Deam.

O acusado fugiu. 

Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade

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