Feira de Santana

Mulher morre após parto e família questiona atendimento em hospital

A diretora do Hospital Inácia Pinto dos Santos, a médica Márcia Sueli D’Amaral, diz que os procedimentos realizados na parturiente foram corretos.

20/07/2016 às 10h36, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso e Ney Silva

A morte da dona de casa Rubenilda Brito da Silva, 41 anos, ocorrida na manhã da última segunda-feira (18), após um parto no hospital Inácia Pinto dos Santos (Hospital da Mulher), em Feira de Santana, está sendo questionada pela família dela. Segundo a irmã da parturiente, Leolita Brito da Silva, ela deveria ter tido um parto cesariana, mas acabou sendo normal. Ela conta como foi feito o encaminhamento de Rubenilda para o hospital.

“A gente levou ela no domingo, por volta de meio-dia, para ser um parto cesária, pela idade dela. Todo o acompanhamento de pré-natal estava certo que o parto seria cesária. Ela foi no domingo pra o hospital, e os médicos aguardaram para tentar fazer um parto normal, até que conseguiram já na segunda-feira. Ela teve uma hemorragia, sangrou muito a ponto de tirarem o útero dela e não conseguiram conter o sangramento, então ela faleceu. Acho que forçaram demais o parto dela”, disse.

Segundo Leolita, houve muita demora para a equipe do hospital dar a informação sobre o resultado do parto. Ela disse que chegou ao hospital às 7h da manhã e só foi informada da morte da irmã quase às 17h.

“Eu cheguei pra saber informações pela manhã, veio uma enfermeira e disse que ela teve o parto cesária. Depois outra me disse que o parto foi normal. Elas mesmas não tinham informações corretas. Então eu perguntei novamente, pois precisava levar a roupa do bebê. A enfermeira confirmou o parto normal e disse que eu poderia levar a roupa. Ela me informou que o bebê estava na incubadora. Fiquei aguardando para entrar na hora da visita, mas não deixaram entrar. Eu insisti e chamaram a polícia, me trataram mal. Fiquei muito desconfiada”, relatou.

A diretora do Hospital Inácia Pinto dos Santos, a médica Márcia Sueli D’Amaral, diz que os procedimentos realizados na parturiente Rubenilda Brito da Silva foram corretos. Segundo ela, não havia indicação de parto cesariano.

“Realmente não houve nenhum problema com relação aos cuidados com a gestante. Ela deu entrada no hospital para um procedimento de parto normal e evoluiu de forma satisfatória. Foi feita a indução conforme a recomendação médica. A gente entende a posição da família, porque precisa achar os motivos. A família está desesperada em uma situação de perda, mas os procedimentos médicos foram corretos e foram adequados. Foi uma fatalidade o que ocorreu. As complicações de parto são raras, mas ocorrem. Todas as medidas foram tomadas, mas ela não correspondeu satisfatoriamente”, afirmou.

A médica disse que a paciente morreu de hemorragia e o fato de ela ter 41 semanas não era indicativo de parto cesária. Ela destacou que a primeira opção é a indução e foi o que os médicos decidiram.

“Ela teve um parto tranquilo e apresentou sangramento uma hora depois, apesar de terem sido usadas todas as medicações pra se evitar a hemorragia, conforme o protocolo do hospital. Ela teria esse sangramento mesmo se o parto fosse cesariana, então não foi o parto que ocasionou o sangramento”, explicou.
 

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