Feira de Santana

Psicóloga lança livro com abordagem espiritualista no tratamento de pacientes com hepatite

O livro foi lançado na noite de quinta-feira (9), em um shopping de Feira de Santana, e contou com as presenças de amigos, parentes e médicos que também acreditam na influência da religiosidade/espiritualidade como fator que pode acelerar o processo de cura.

10/06/2016 às 09h46, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso e Ney Silva

Depois de vivenciar uma experiência prática com os próprios pais e com pacientes em hospitais de São Paulo que tinham hepatite C, a psicóloga feirense Manuela Ribeiro dos Reis resolveu lançar um livro em que mostra, com dados convincentes que pacientes com essa doença que tinham fé, religiosidade e espiritualidade tiveram uma recuperação mais rápida do que os que não tinham uma crença.

O livro foi lançado na noite de quinta-feira (9), em um shopping de Feira de Santana, e contou com as presenças de amigos, parentes e médicos que também acreditam na influência da religiosidade/espiritualidade como fator que pode acelerar o processo de cura. Manuela dos Reis dá detalhes desse trabalho, que resultou na elaboração do livro.

“Dentro da minha trajetória de trabalho percebi que os pacientes utilizavam da fé, da religiosidade, frente a uma patologia e alguns tinham sucesso. Embora outros não, a gente sentia uma transformação na vida desses pacientes. Surgiu na minha família alguns pacientes com hepatite C e eu comecei a observar também dentro da família que quem utilizou a religiosidade teve um processo de transformação”, relatou.

Manuela dos Reis afirma que durante a trajetória dela em São Paulo resolveu fazer um mestrado dentro dessa abordagem de hepatite C para verificar se realmente dentro dessa abordagem da religiosidade/espiritualidade, os pacientes utilizavam o enfrentamento.

“Observei com esses pacientes que eles utilizavam da religiosidade, buscavam sentido para a vida. Hoje em dia a fé e a ciência estão muito atreladas, a gente não pode trabalhar separadamente. Dentro dessa abordagem vivencial na família e nos hospitais que trabalhei, vi que tem um bom resultado”, afirmou.

O pai da psicóloga, o aposentado Edilton dos Reis, que teve hepatite C, destaca ser fundamental a força da família e da espiritualidade para acelerar o processo de cura.

“Sofri durante uns três anos com o tratamento, que é muito doloroso e é necessário o fortalecimento da família, pois o paciente que tem hepatite C, se não tiver o apoio familiar, ele não consegue a cura da doença. Os remédios do tratamento provocam depressão, algumas pessoas desistem no meio do caminho. A convivência com a família foi determinante para minha cura”, destacou.

O médico hepatologista Fábio Vosqui, que participou do lançamento do livro, também concorda com a ideia de se unir espiritualidade ao tratamento de pacientes com hepatite C para se alcançar um melhor resultado. “Acho que tudo parte de um bom pensamento, de uma boa espiritualidade. A cabeça estando bem, acho que todo o tratamento em volta tende a surtir um bom efeito”, afirmou. 

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