Bahia

Exonerado major que confessou ter matado esposa em escola de Salvador

Major disse que cometeu o crime após descobrir uma suposta traição.

28/05/2016 às 16h04, Por Andrea Trindade

Compartilhe essa notícia

Acorda Cidade

O major Valdiógenes Almeida Cruz Junior, subcomandante do 3º Grupamento de Bombeiros Militares da Bahia (Iguatemi), que confessou ter matado a esposa dentro de uma escola no bairro de Castelo Branco, em Salvador, no dia 13 de maio, foi exonerado do cargo pelo governador Rui Costa. A exoneração foi publicada na edição de 17 de maio do Diário Oficial da Bahia.

A professora Sandra Denise Costa Alfonso, 40 anos, morta pelo marido em Salvador, foi enterrada na tarde de 16 de maio, na cidade de Bragança, no interior do Pará. De acordo com o irmão da vítima, Claudio Alfonso, a cerimônia aconteceu por volta das 17h no cemitério Campo da Saudade. A família da vítima é de Bragança.

O crime aconteceu na Escola Municipal Esperança de Viver, no bairro de Castelo Branco, na capital baiana. O major se apresentou à polícia horas depois de ter matado a mulher e alegou que agiu por ciúmes. Ele foi autuado em flagrante por homicídio qualificado.

Valdiógenes foi preso e encaminhado ao Centro de Custódia da Polícia Militar, que fica no Batalhão de Choque da corporação, em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador.

Segundo a polícia, o major e a professora estavam casados há 21 anos e têm uma filha de 14 anos. De acordo com familiares, Sandra e Valdiógenes se conheceram há mais de 20 anos em Belém, quando o militar foi fazer um curso na capital paraense. A vítima se mudou para Salvador por conta da relação amorosa.

Crime

O major Valdiógenes Almeida Cruz Júnior disse em depoimento à polícia que cometeu o crime ao descobrir uma suposta traição, depois de visualizar mensagens por meio do Whats App. A informação foi dada ao G1 pelo advogado do major, Sérgio Reis, no domingo (15).

De acordo com o advogado do major, para visualizar as mensagens trocadas entre a mulher e o suposto amante, o suspeito usou uma ferramenta que reproduzia o que era enviado para ela. "Hoje existe um programa que você pega um "espelho", que visualiza as pessoas que você tem contato. Ele viu várias mensagens e a troca de amabilidade entre eles. Ele não conhece a pessoa [suposto amante] pessoalmente", diz.

Após desconfiar da suposta traição, o major foi até a Escola onde a vítima trabalhava. "Ele descobriu o relacionamento extraconjugal dela por meio do Whats App e foi pedir explicações a ela para ver do que se tratava. Ela teria confirmado o que estava acontecendo e ele perdeu o controle. Ele desconhece quantos disparos fez contra a vítima", afirmou Reis. A conversa entre os dois aconteceu em uma sala fechada e não foi presenciada por nenhum aluno, segundo o advogado.

O major afirma que está arrependido do crime, de acordo com o defensor. "Ele está completamente arrasado, porque ela era uma pessoa por quem era apaixonado e com quem vivia há 21 anos. Viviam bem e não andavam brigando", diz.

Compartilhe essa notícia

Categorias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Notícias

image

Rádio acorda cidade