Feira de Santana

Sindicalista diz que nomeações de agentes penitenciários não são suficientes: 'chega a ser ridículo'

O coordenador geral do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (Sinsped), Reivon Pimentel, disse que a nomeação dos novos agentes não resolve o problema.

24/05/2016 às 19h24, Por Andrea Trindade

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Daniela Cardoso

O Governo do Estado publicou, na edição desta terça-feira (24) do Diário Oficial (DO), a nomeação de 101 candidatos aprovados no concurso público para o cargo de agente penitenciário realizado em 2014. Quinze deles atuarão em Feira de Santana. O coordenador geral do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (Sinsped), Reivon Pimentel, disse que a nomeação dos novos agentes não resolve o problema.

“Chega a ser ridículo 15 agentes penitenciários. Se dividir em quatro equipes teremos quatro agentes por plantão. Esses 15 substituirão os 15 servidores contratados pelo Reda, ou seja, está sendo trocado seis por meia dúzia. Temos um déficit no Conjunto Penal de Feira que gira em torno de 200 agentes. Teríamos que ter mais de 250 agentes por plantão para custodiar essa massa carcerária que beira 1.800 presos. Chega a ser ridícula essa política do governo do estado da Bahia. Temos hoje cerca de 1.000 agentes habilitados que estão acampados em frente a Assembleia Legislativa e eles nomeiam apenas 15”, afirmou.

Reivon disse que a categoria está extremamente preocupada com a situação e lembrou que no dia 29 de abril de 2015, dias antes da rebelião que deixou nove mortos e vários feridos, foi alertado a diversos órgãos que uma tragédia estava prestes a acontecer.

“Ninguém ouviu e nenhuma solução foi tomada para impedir aquele fato trágico. Nossa preocupação é que uma tragédia de proporções maiores venha a acontecer. A única coisa que um agente penitenciário tem para conter qualquer situação é um apito. Nós não temos como impedir nada. De melhorias, a única coisa que a categoria conseguiu em Brasília foi um aparelho de raio x e alguns aparelhos de detector de metais, mas já tem seis meses na unidade e ainda não foram instalados”, afirmou.  

As informações são do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade

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