Feira de Santana

Protesto na Jornada Pedagógica foi acordada em assembleia dos professores, informa sindicato

A manifestação chamou atenção do público que estava no local e dividiu opiniões sobre o assunto.

02/02/2016 às 07h48, Por Andrea Trindade

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Andrea Trindade

A reserva de 1/3 da carga horária, o pagamento da licença pecúnia referente a 2015 e das horas extras referentes a 2014 e 2015, além do pagamento de 1/3 de férias integral para professores e a aprovação e implantação do Plano Municipal de Educação (PME) motivaram a manifestação do  Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB Feira) no primeiro dia da Jornada Pedagógica da Rede Municipal em Feira de Santana.

De acordo com a entidade, a “inviabilização da jornada pedagógica na segunda-feira (1), destaca-se como o comprometimento e respeito da APLB Feira para com os trabalhadores em educação, na medida em que coloca em prática o que foi acordado em assembleia realizada no ano passado com a categoria – a não participação na jornada pedagógica e não iniciar o ano letivo de 2016 sem a reserva de 1/3 da carga horária assegurada”.

Leia também: APLB faz manifestação e interrompe realização de Jornada Pedagógica

A manifestação chamou atenção do público que estava no local e dividiu opiniões sobre o assunto. Uma professora que não quis se identificar considerou a manifestação uma falta de respeito e uma verdadeira confusão. “Não foi um momento adequado. A gente aceita vir para um lugar desse, se compromete com o evento e não foi isso que aconteceu. Foi uma falta de respeito, uma falta de educação “, afirmou.
A diretora da APLB Feira, Marlede Oliveira, reafirmou que a medida de inviabilizar a jornada pedagógica foi uma decisão da categoria, acordada durante assembleia. “

“Nós cumprimos aquilo que os trabalhadores decidiram. Eu não vim aqui discutir executar uma coisa minha, pessoal, mas, a categoria está insatisfeita. Nós aprovamos de não participar da jornada e não começar o ano letivo. O ano letivo da rede municipal também está em jogo porque essa é pendência maior. Nós não estamos em um lugar que não tem democracia, assim como a prefeitura tem o direito de falar ao microfone dela, os professores também tem direito de se manifestarem”, afirmou.

O palestrante da Jornada Pedagógica, o professor Eliseu Clementino, considerou a atitude do sindicato deselegante e inoportuna. “Há um grupo de colegas que são do sindicato e tem a ver com pautas vinculadas ao Plano Nacional de Educação (PNE), ao piso nacional, a questão da carreira, e efetivamente a redução da jornada de trabalho. Em função disso, eu penso que é um equívoco atrelar questões da luta e da carreira com a invisibilização de uma jornada e de um coletivo de discussão. A gente tem que potencializar esses espaços coletivos para criar esse diálogo. Fui impedido de falar, foi extremamente deselegante e inoportuno e então é isso que a gente tem e eu fiquei impactado perplexo com a posição do grupo”, destacou.

O sindicato realizará uma assembleia com a categoria na próxima quarta (03) às 9h, no espaço de eventos da Gelateria Italiana, na rua Castro Alves, nº 1473, no centro da cidade, para definir as próximas ações.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
 

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