Saúde

Obesidade pode estar relacionada com o câncer de mama

A obesidade já é relacionada com o câncer de mama há alguns anos, mas esse estudo é considerado determinante, pois, pela primeira vez, os mecanismos moleculares foram efetivamente estudados e demonstraram estar implicados no processo de desenvolvimento da doença.

10/12/2015 às 10h39, Por Maylla Nunes

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De acordo com um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa Biomédica em Rede-Fisiopatologia da Obesidade e da Nutrição (CIBERobn), liderado pela doutora Ana Belén Crujeiras, e publicado no International Journal of Obesity, a obesidade pode estar relacionada com a causa do câncer de mama. Além disso, os dados demonstraram que ele pode ser detectado em muitos casos com uma simples análise mais detalhada do sangue das pacientes.

Novidades na pesquisa
A obesidade já é relacionada com o câncer de mama há alguns anos, mas esse estudo é considerado determinante, pois, pela primeira vez, os mecanismos moleculares foram efetivamente estudados e demonstraram estar implicados no processo de desenvolvimento da doença.

De acordo com Ana Belén, em declaração para a agência Efe, o principal objetivo do trabalho era estudar a possibilidade do sobrepeso ser capaz de ativar os genes que estão relacionados com os processos mais adiantados para o desenvolvimento desse tipo de câncer. Segundo a pesquisadora, a conclusão conseguiu comprovar essa teoria, o que poderá ajudar na prevenção e no tratamento mais eficientes.

A pesquisa incluiu a análise de ratos obesos, de acordo com a expressão dos genes implicados nas rotas que podem iniciar o câncer, comparando-os com ratos magros. A comprovação foi de que os processos cancerosos estavam mais presentes nos animais obesos.

Conclusão ajudará em campanhas
Com os resultados do estudo, foi possível observar as mudanças moleculares existentes no corpo de mulheres obesas antes mesmo que elas desenvolvam algum tumor. Assim, fica ainda mais clara a necessidade de prevenir a obesidade, principalmente quando ela se prolonga por mais tempo, momento em que o verdadeiro risco de padecer de um câncer de mama aumenta.

As mesmas mudanças vistas durante o estudo das células sanguíneas dos ratos obesos também foram notadas nos casos das mulheres com e sem câncer de mama e que estavam em estado de obesidade. Desta maneira, um exame de sangue poderá detectar em breve se a desregulação dos genes que estão relacionados com o câncer começou e, assim, começar o tratamento mais adequado com medicamentos ou sessões mais intensivas de quimioterapia, de acordo com estudos clínicos.

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