Bahia

Professores das redes estadual e municipal compartilham experiências de alfabetização na idade certa

Com o Educar para Transformar, a Secretaria da Educação do Estado está potencializando junto aos 417 municípios baianos as ações pela alfabetização das crianças na idade certa.

01/12/2015 às 10h03, Por Maylla Nunes

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A professora do 1º ano do ensino fundamental, Neyva Marques, do município de Ilhéus, a 374 km de Salvador, é uma das 250 educadoras que participam do Seminário Educar para Transformar: experiências de alfabetização na idade certa nos municípios baianos, nesta segunda (30) e terça (1º), no Instituto Anísio Teixeira, na Avenida Paralela. No evento, promovido pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia, a professora fala de como ressignificou o trabalho na sala de aula, após formação recebida por meio do programa Educar para Transformar – um Pacto pela Educação.

“A formação que recebemos nos dá um grande suporte para que a gente consiga aplicar os projetos que fazem com que as crianças aprendam Português e Matemática brincando. Cada criança recebe este material e que também é socializado em casa. É muito emocionante ver que muitos deles não possuem brinquedos e chegam a contar que brincaram com seus pais e isso torna o aprendizado deles mais significativo”, disse a educadora.

Durante o evento, a professora Neyva Marques e outras profissionais, como dirigentes municipais de educação, coordenadores pedagógicos compartilharam as experiências e, também, os desafios para a alfabetização das crianças com até oito anos, meta prioritária do programa Educar para Transformar.

Com o Educar para Transformar, a Secretaria da Educação do Estado está potencializando junto aos 417 municípios baianos as ações pela alfabetização das crianças na idade certa. Por meio do regime de colaboração com os municípios, a Secretaria da Educação do Estado apoia a formação de professores e faz o assessoramento técnico às prefeituras para a consolidação de políticas e estratégias educacionais que levem em conta as especificidades de cada município. Além disso, distribuirá para as escolas públicas municipais a coleção “Pactos de Leituras”, constituída de 19 livros de literatura infantil de 16 autores baianos, com estórias referenciadas na realidade da Bahia. Os 798 mil livros vão compor os Cantinhos de Leitura de 21 mil salas de aula de alfabetização das escolas, beneficiando mais de 332 mil crianças.

O secretário estadual da Educação, Osvaldo Barreto, destacou o regime de colaboração entre o Estado e os 417 municípios baianos. “A formação dos professores e todos os esforços que estão sendo empreendidos têm um objetivo comum que é o de garantir que toda criança entre em cada uma das salas das redes municipais e estadual de educação e tenha garantida a sua alfabetização. Creio que é através desse movimento que nós vamos avançar mais rapidamente no processo de uma educação de qualidade na Bahia”, disse o secretário.

Presente no seminário, Eurinalva Santana, coordenadora do Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa (Pnaic) e professora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), destaca a importância desta articulação e do apoio do Estado aos municípios, principalmente na formação dos professores. “Para o professor ver essa formação se transformando em aprendizagem efetiva para o aluno, é muito positivo para o desenvolvimento profissional dele”, acredita.

A professora do 1° ano do Ensino Fundamental, Danuze Leite, do município de Ipupiara, a 645 km da capital baiana, falou como a formação contribuiu para aperfeiçoar a alfabetização das crianças. “Foi uma oportunidade única na minha vida para reconstruir minhas práticas, a refletir sobre o que eu estava fazendo na educação e se era o meu papel. A formação que eu tive é uma bússola que pode me ajudar a construir bons resultados”, revelou.

Ela contou que este ano trabalhou com uma turma de 1º ano com 23 alunos, dos quais 16 se encontravam pré-silábicos, dez grafavam, mas não reconheciam e faltava muita prática de socialização e comportamento. “Foi uma educação infantil atrelada ao 1° ano onde tive que agregar valores para poder alfabetizá-los. E foi um processo construtivo, gradativo e, 100% da turma conseguiram atingir a base alfabética. Hoje, 16 desses alunos já produzem fábulas com moral coerente e os que já estão alfabéticos já apresentam uma noção de reflexão sobre a ortografia da escrita”, comemora.
 

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