Empresas de vistoria veicular reclamam de prejuízos com decreto de suspensão dos serviços

^{Daniela Cardoso}

Atualizada às 21:18

Após a determinação da suspensão da obrigatoriedade de vistoria veicular periódica para licenciamento anual de automóveis, empresas particulares de Feira de Santana que fazem o serviço já sentem os efeitos. Rodrigo Passos, que é gerente de uma empresa de vistoria, informou que a redução no movimento já chega a 60%.

De acordo com Rodrigo, a média de vistorias realizadas por dia na empresa em que ele trabalha chegava a 30. Atualmente esse número foi reduzido para cerca de 12. Segundo ele, essa medida foi recebida com surpresa e está gerando um grande impacto, que resultará até na demissão de funcionários.

“A frota de veículos em Feira de Santana é bem grande e essa vistoria nada mais era do que pra gente tentar manter um certo nível de segurança nos veículos que transitam no nosso estado. Realmente o movimento caiu bastante. Tivemos uma queda em torno de 60% no nosso movimento. Isso vai acarretar em algumas demissões e todas as empresas de vistoria da Bahia já estão tomando essa atitude, pois o movimento realmente caiu bastante”, afirmou.

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Rodrigo Passos destacou que as empresas particulares que realizam vistorias na cidade vão continuar realizando as mesmas vistorias que o Detran.

“Vamos continuar realizando a vistoria em casos de transferência de propriedade, mudança de município, alteração de característica, mudança de categoria do veículo, segunda via de DUT (Documento Único de Transferência). Já em casos de veículos novos, só precisará ser vistoriado se a data da emissão da nota fiscal passar de 30 dias. Isso tem ocorrido algumas vezes, pois em alguns casos a montadora fatura a nota sem o veículo estar na montadora e com o prazo de entrega do veículo, a nota fiscal já ultrapassou a data de 30 dias”, explicou Rodrigo.

Segundo o gerente, em Feira de Santana cerca de 20 empresas particulares são autorizadas para fazer a vistoria. Ele explicou que o processo dura no máximo 30 minutos. Se alguma irregularidade for identificada, o proprietário vai sair com o laudo reprovado, informando qual o motivo da reprovação e ele tem 30 dias para sanar o problema e retornar para a loja.

As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade