Maranhão

Ex-prefeita 'ostentação' diz que se escondeu em aldeia indígena

PF acredita que a defesa busca com essa estratégia encobrir a participação de amigos ou parentes no sumiço da ex-prefeita.

30/09/2015 às 09h27, Por Rachel Pinto

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A ex-prefeita de Bom Jardim (MA) Lidiane Leite da Silva (sem partido) se entregou à Polícia Federal nesta segunda-feira (28) depois de ficar 39 dias foragida. Em depoimento, ela disse que estava escondida em uma aldeia indígena na própria cidade que governou.

O advogado da ex-prefeita, Sérgio Muniz, disse que ela nunca deixou a cidade. Para o delegado da PF, Ronildo Lajes, responsável pelo caso, essa fala é uma manobra da defesa. “Isso de ela estar lá na cidade não existe. Isso foi manobra do advogado para querer dizer que ela não estava em fuga”, afirmou.

“Foram feitas diversas diligências lá no município. Ele (o advogado) chegou a dizer que ela não estava lá e que ela estava governando lá. Isso não existe. Ela sabia que era procurada. Todo mundo estava atrás, fazendo diligências. Ele, simplesmente, quis negar que ela estivesse foragida”, completa.

A PF acredita que Lidiane estava em uma propriedade rural em outra cidade e o delegado acrescenta ainda que a defesa busca com essa estratégia encobrir a participação de amigos ou parentes no sumiço da ex-prefeita.

A PF investiga transferências feitas da conta de prefeitura para a conta pessoal de Lidiane em um montante de R$ 40 mil ao longo de um ano, realizadas em parcelas de R$ 1 mil. Além disto, a conta do advogado da prefeita também recebeu transferências de mais de R$ 200 mil em menos de um ano.

Lidiane foi eleita aos 22 anos em 2012, pela primeira vez. Na época, o então namorado da jovem, Beto Rocha, teve a candidatura impugnada ao ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa e a garota assumiu o lugar dele, vencendo as eleições.

A prefeita então passou a compartilhar fotos da nova rotina nas redes sociais, ostentando uma vida de luxo.Ela já tinha sido afastada do cargo três vezes – em abril de 2014, por 30 dias, após denúncias de improbidade administrativa, retornado ao posto em 72 horas, após obter liminar na Justiça. O segundo afastamento aconteceu em dezembro de 2014, e pedia um afastamento de 180 dias. A terceira vez foi em maio de 2015. Ela também retornou ao cargo em 72 horas nesta ocasião.
 

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