Bahia

Lençóis sedia simpósio nacional de patrimônio geológico

Com expectativa de público de 500 pessoas, o simpósio irá reunir pesquisadores de diversos países

05/09/2015 às 08h18, Por Kaio Vinícius

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A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, entidade vinculada ao Ministério das Minas e Energia, realizam, de terça-feira (8) a domingo (13), na Chapada Diamantina, o III Simpósio Brasileiro de Patrimônio Geológico (III GeoBRheritage). O evento pretende avançar os debates dos dois simpósios anteriores, realizados no Rio de Janeiro (2011) e em Ouro Preto (2013). A programação está disponível no site da Uefs, na seção Notícias.

Com expectativa de público de 500 pessoas, o simpósio irá reunir pesquisadores de diversos países, com o objetivo de trocar experiências. Serão discutidos temas relativos ao patrimônio geológico natural, construído e mineiro, segundo as vertentes da geoconservação, do ensino, da sustentabilidade, de projetos geoturísticos e da recuperação ambiental, bem como da ligação deste tipo de patrimônio com a identidade local.

Projeto da Estrada Real na Bahia

O estágio atual do Projeto Estrada Real Norte é uma das atrações do III Simpósio Brasileiro de Patrimônio Geológico. Criado em parceria entre a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), e a Secretaria de Turismo do Estado (Setur), o projeto tem como fundamento o resgate de um importante traçado da Estrada Real – Caminhos da Bahia entre as atuais cidades de Jacobina e Rio de Contas.

O projeto visa a identificação e o georreferenciamento de possíveis trechos da estrada entre os dois municípios e também identificar e georreferenciar, além de fotografar as principais atrações potencialmente turísticas dos municípios cortados pela Estrada Real. Ruínas, cachoeiras, igrejas, monumentos históricos, pinturas rupestres, casarios e os calçamentos estão entre alguns dos itens já cadastrados e fotografados.

Outro objetivo é promover a divulgação dessas atrações, possibilitando a geração de renda aos moradores locais, bem como incentivar a preservação e a visitação sustentável em parceria com as comunidades, órgãos governamentais e empresários.

Patrimônio Histórico Nacional

Conforme a organização do evento, vários autores afirmam que o surgimento da sociedade urbana do interior do Brasil se deve à exploração dos recursos minerais. A quantidade de cidades de formação mineira tombadas como patrimônio brasileiro e mundial reforça esta visão. Na Chapada Diamantina, as cidades de Jacobina, Morro do Chapéu, Rio de Contas, Mucugê, Andaraí, Palmeiras e Lençóis atestam a relevância da mineração na construção da sociedade brasileira dos séculos XVIII e XIX.

Diante disso e considerando a presença do Campus Avançado da Uefs em seu território, o município de Lençóis foi escolhido como sede do evento. A cidade atrai anualmente um fluxo de cerca de 120 mil turistas. Características como o conjunto arquitetônico, formado por casarios coloniais de características neogóticas e calçamento desenhado em suas ruas e becos estreitos, trouxe o reconhecimento como Patrimônio Histórico Nacional, em 1973.
 

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