Feira de Santana

Falta de transporte público causa transtornos nas escolas estaduais

A coordenação do NR-19 (Núcleo Regional de Educação) garante que os estudantes não ficarão prejudicados e que não está havendo aplicação de testes ou provas com conteúdo avaliativo.

20/08/2015 às 14h13, Por Kaio Vinícius

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Ney Silva e Laiane Cruz

A falta de transporte público na cidade de Feira de Santana está causando transtornos para o setor de educação. Em dois dos maiores colégios da rede estadual de ensino, o Instituto de Educação Gastão Guimarães (IEGG) e o Modelo Luís Eduardo Magalhães, houve uma redução na frequência escolar.

No caso Colégio Modelo, o grêmio estudantil pensa em fazer uma assembleia e pedir a suspensão das aulas. No Gastão Guimarães decidiu liberar os alunos uma hora mais cedo, no período da tarde. A coordenação do Núcleo Regional de Educação (NRE-19) garante que os estudantes não ficarão prejudicados e que não está havendo aplicação de testes ou provas com conteúdo avaliativo.

A vice-diretora do Instituto de Educação Gastão Guimarães, Sheila de Carvalho Lima, reconhece está tendo dificuldade para que os estudantes se dirijam às escolas por falta de transporte. “Conseguimos pelo turno da manhã ter as cinco aulas normais, das 7 da manhã até as 11h40. Já no período da tarde há uma reclamação maior, porque a maior parte dos alunos mora na cidade e são os mais afetados, enquanto que os da zona rural conseguem vir de ônibus escolar, o que dá pra funcionar todas as salas”, afirmou.

Segundo Sheila de Carvalho, a parte pedagógica ficou prejudicada e os alunos que frequentam a escola à tarde estão indo em pouca quantidade assistir às aulas. Ela também anunciou que a direção da escola tomou uma medida: está liberando os alunos mais cedo. Ao invés de 17h, eles estão saindo às 16h, para que possam chegar às residências antes de anoitecer.

O presidente do grêmio estudantil do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, Marcelo Diego Vitório, confirma que a falta de ônibus está trazendo prejuízos enormes para os estudantes. Ele informa que mototaxistas e veículos que estão fazendo transporte alternativo estão cobrando valores exorbitantes para conduzir os passageiros, significando um custo muito alto, principalmente para os estudantes.

Ele informou que já pediu à direção do colégio que suspenda todas as aulas até que a cidade de Feira de Santana possa voltar a ter transporte público. Diante dessa situação, o grêmio decidiu realizar uma assembleia de estudantes do Colégio Modelo, na manhã desta sexta-feira (21), e que se eles decidirem por não frequentar as aulas, isso ocorrerá até que a situação do transporte seja regularizada.

O vice-presidente da Ames (Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas), Victor Aicau, disse que os estudantes não podem ser prejudicados pela ausência do transporte público na cidade de Feira de Santana. Segundo ele, algumas escolas estaduais vêm aplicando falta nos estudantes e entende que nenhum tipo de avaliação ou trabalho escolar deveria ser cobrado dos estudantes nesse momento.

“Eu acho que os estudantes devem ter acesso às escolas, fazer até alguma atividade desde que isso não conte não seja avaliativo com nota. Os diretores precisam ter compreensão de que os estudantes não estão indo para as escolas porque não querem, e sim por falta de transporte”, afirmou Victor.

A coordenadora da Coordenação da Educação Básica (Condeb) do NR-19, Jaciara Franco, garante que nenhum estudante vai ser prejudicado e contesta a informação do estudante Victor Aicau de que as escolas estaduais estão aplicando provas ou testes com finalidade avaliativa e que poderiam ficar prejudicados. “Entendemos que é um momento em que todos os setores de Feira de Santana estão abalados por essa situação, que é a falta de transporte público. As escolas estão abertas e as aulas estão ocorrendo de forma diferenciada”, disse. 

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