Feira de Santana

Advogado do Sincol tem escritório arrombado e diz que ação foi para intimidá-lo

O secretário de Prevenção à Violência, Mauro Morais, e o procurador do município, Cleudson Almeida, estiveram no Complexo de Delegacias para pedir rigor nas investigações.

17/08/2015 às 13h34, Por Andrea Trindade

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Ney silva e Andrea Trindade

O escritório do advogado Ronaldo Mendes, localizado na Rua Castro Alves, no bairro Kalilândia, em Feira de Santana, foi alvo da ação de vândalos na madrugada desta segunda-feira (17). Além de Ronaldo Mendes, trabalham no local mais quatro advogados.

Os vândalos entraram pelo telhado e quebraram o forro da sala principal do prédio tendo acesso às salas, onde reviraram gavetas e espalharam papéis e materiais de escritório pelo chão.

Segundo Ronaldo Mendes, até agora ele não notou a ausência de documentos e materiais de valor e só após a perícia pela Polícia Civil poderá obter maior precisão sobre prejuízos.

Na opinião do advogado, o arrombamento ao escritório é um sinal claro de tentativa de intimidar o trabalho dele. “Essa licitação do transporte público deveria ocorrer na maior tranquilidade ou, ainda que contestada, deveria ser discutida apenas no campo judicial, mas está avançando para tentar atingir pessoas. Enquanto advogado não posso aceitar que uma cidade deste porte traga reflexos para a advocacia”, afirmou, mostrando-se preocupado.

Ainda de acordo com Ronaldo Mendes, o “poder público mostra-se intocável”. “Não se pode fazer nada que o desagrade. Isso é uma covardia, é inadmissível e não tem explicação", disse.

O advogado deixou claro que não tem nada contra o município nem contra a licitação do transporte público. “Sou apenas o advogado do sindicato patronal. As empresas estão brigando por um direito constitucional de ação. Se há uma discussão isso deve ser apenas no campo jurídico e não pessoal. Isso é grave e constrangedor”, ressalta Ronaldo Mendes.

O secretário de Prevenção à Violência, Mauro Morais, e o procurador do município, Cleudson Almeida, estiveram na manhã desta segunda-feira no Complexo de Delegacias e conversaram com o coordenador regional de Polícia Civil, delegado João Rodrigo Uzzum, sobre o ocorrido, solicitando o rigor nas investigações do arrombamento.

“Constam nas notícias veiculadas que o ataque foi atribuído à prefeitura municipal e as empresas vencedoras da licitação e diante destes fatos viemos à coordenadoria da Polícia Civil requerer que sejam feitos todos os esforços para que os fatos sejam apurados com rigor, no sentido de que seja mantida a honra institucional e das pessoas que trabalham para a instituição Prefeitura Municipal de Feira de Santana”, declarou Cleudson Almeida.

O procurador acredita que o arrombamento não tenha relação com o processo licitatório. “Durante todo esse processo de licitação as coisas vêm sendo conduzidas com todo o respeito às empresas que ajuizaram ações na justiça e, em nenhum momento, o município disse algo que não fosse dentro dos autos do processo administrativo, com ofensas e desrespeito. Em momento algum houve qualquer tipo de ato que pudesse macular quem quer que seja. Acredito que não tenha ocorrido nenhum fato a título de represália ou intimidação”, afirmou.

Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade

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