Feira de Santana

Embasa já identificou mais de 700 'gatos de água' este ano em Feira

Segundo o gerente comercial da Embasa o prejuízo é em torno de 350 mil reais

03/08/2015 às 10h36, Por Kaio Vinícius

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Laiane Cruz

A Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) já identificou este ano, em Feira de Santana, 772 ligações clandestinas de água, um prejuízo em torno de R$ 350 mil para a empresa. De acordo com o gerente comercial da Embasa, Lucas Araújo, os números representam mais da metade dos “gatos de água”, como são popularmente chamados, registrados no ano passado, um total de 900, os quais geraram um prejuízo em torno de R$ 400 mil, tanto na zona urbana quanto na zona rural da cidade.

(Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade)

O gerente explicou que existem três tipos de ligação irregular. Segundo ele, o cliente que não possui cadastro na Embasa puxa um ramal para a residência, faz um desvio para a água não passar pelo hidrômetro e ir direto para a casa ou viola o aparelho para que ele não faça a contagem correta do consumo.

“É furto de água, está previsto no Código Penal, com reclusão de 1 a 4 anos. A gente tem aberto o B.O junto à polícia, que faz a perícia técnica para investigar e faz uma estimativa do que o cliente consumiu e cobra uma multa dele. Só para se ter uma noção, ano passado a gente estimou que perdeu 37 mil metros cúbicos de água, esse ano a gente já vai na média de 30 mil metros cúbicos. O prejuízo financeiro é muito grande”, afirmou Lucas Araújo.

Ainda de acordo com ele, quem faz uma ligação clandestina não sabe os padrões técnicos que têm que ser feitos. “Uma ligação de água normal a água pode ser contaminada, pode prejudicar o vizinho e pode causar o desabastecimento, pois o cliente que faz a ligação com fraude não se preocupa com o consumo”, informou.

As ligações clandestinas também ocorrem na zona rural. Mas, de acordo com Lucas Araújo, neste caso a fraude é mais fácil de ser detectada devido à falta de pavimento. Ele citou como exemplo o caso de uma fazenda que fornecia água para os animais e a plantação, que foi um dos piores casos, na região de Ipuaçu.

“Nós temos diversas formas de identificar. Basicamente quando a gente repara que o consumo do cliente é abaixo do normal e o padrão da residência é mais elevado, um comércio de grande porte, e fazemos a investigação. Sabemos que em Feira de Santana tem muitos poços, mas quando não é poço, geralmente é fraude”, disse o gerente.

Ele pediu à população que denuncie casos de ligações clandestinas através do telefone 0800-055- 5195.

As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade. 

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