Feira de Santana

Chuvas trazem esperança e trabalhadores rurais investem na fruticultura

A observação foi feita pela diretora do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), Conceição Borges.

29/05/2015 às 16h56, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso e Ney Silva

As duas semanas de chuvas contínuas no município de Feira de Santana trouxeram esperança aos trabalhadores rurais, o que não acontecia há muitos anos. A observação foi feita pela diretora do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), Conceição Borges.

Ela informou que normalmente nesse período as chuvas apenas costumam molhar a terra e garantir a pastagem e que desta vez foi diferente. “Desta vez choveu tanto que encheu aguadas, lagoas e reservatórios de captação de água. Graças a Deus está tudo cheio”, afirmou.

A diretora explicou que como a chuva chegou cedo, algumas famílias já plantaram e outras estão preparando a terra. Ela disse que agora a grande esperança é que as chuvas continuem. “Não basta chover muito. É preciso chover com certa regularidade e que isso possa acontecer até agosto para garantirmos o plantio e a colheita”, disse Conceição.

A sindicalista informou que nesse período, normalmente, os trabalhadores plantam principalmente feijão, milho e mandioca. Só que atualmente, conforme afirmou, houve uma redução na plantação de feijão, que já está sendo voltada apenas para o consumo da família.

Conceição Borges explicou que isso está acontecendo porque o plantio do feijão é de alto risco e qualquer questão climática pode se perder toda a plantação. “Quando a gente não perde por uma questão climática, acaba perdendo na hora de vender, pois não tem mercado”, afirmou.

Ela informou que o feijão está 50% mais barato do que o normal e que se não vender logo depois de seis meses, ele fica velho e perde o valor de mercado. “Nos últimos anos vem se fazendo essa reflexão. A maioria das famílias planta, atualmente, em pequena quantidade”, disse.

Segundo Conceição, as famílias dos trabalhadores rurais têm optado pela fruticultura, plantando acerola, cajá, manga, entre outras. “Estamos até perdendo muita acerola, pois não temos onde armazenar”, salienta a sindicalista.
 

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