Em visita a Feira, Paulo Betti fala sobre a cidade e avalia política nacional

^{Daniela Cardoso e Ney Silva}

Feira de Santana é uma cidade progressista e pode ser comparada com Sorocaba em São Paulo. Quem afirma é o ator da Rede Globo Paulo Betti, que visitou o município pela primeira vez nesta terça-feira (26). O ator, que teve uma recente atuação na novela Império, onde interpretou o personagem Téo Pereira, um blogueiro homossexual, veio gravar um VT comercial de um centro oftalmológico, conheceu o Centro de Abastecimento e depois concedeu uma entrevista para o Acorda Cidade.

“Gostei muito do mercado onde estive, comprei alguns produtos. Feira de Santana me pareceu do mesmo tamanho da cidade onde eu nasci e cresci, Sorocaba, em São Paulo. Só que Sorocaba tem 100 mil habitantes a menos que Feira. Gostei muito, uma cidade progressista. Nunca tinha passado por Feira antes e fiquei até com vontade de trazer uma peça de teatro aqui”, afirmou.

O ator não conhecia Feira de Santana, mas já esteve em outras cidades da Bahia, onde gravou cenas de filmes e novelas. Ele lembra que esteve na Bahia pela primeira vez em 1973 e relembrou também o personagem Carlos Lamarca, que no cinema teve a história fortemente veiculada a Bahia.

“já vim diversas vezes na Bahia para fazer teatro. Gravei para o personagem Lamarca no sertão da Bahia, perto de Brotas de Macaúbas. Foi um dos personagens mais bacanas que já fiz no cinema. Na televisão teve dois que foram mais marcantes que foi o Timóteo de Tieta e Téo Pereira na novela Império. Com esse personagem tive uma recepção muito calorosa, recebi muito carinho e afeto”, destacou.

^{Foto: Ney Silva/Acorda Cidade}

Após se despedir do personagem Téo Pereira, o ator Paulo Betti está fazendo uma peça teatral que se chama autobiografia autorizada, onde ele conta sua própria história. “Eu conto minha história de menino, adolescente até adulto, até quando fui para São Paulo”, afirmou.

Paulo Betti é um dos atores que participou da luta pela redemocratização do Brasil. Questionado sobre a atual crise política que o país atravessa, ele disse que existe mais propaganda do que crise.

“Acho que existe um excesso de propaganda. Pode até existir uma crise, mas que vamos sair logo dela. Nós elegemos nossos representantes e vivemos em uma democracia. Acho que o Brasil melhorou muito desde o período depois da ditadura, que ele se redemocratizou e demorou muito. Tem gente arrependido depois da última eleição, mas não eu. Não me arrependo, pois tenho noção do que significa a luta política e quais são os interesses envolvidos atrás das crises. Tem muita gente querendo o poder. A história não se faz no momento em que estamos vivendo. Mais adiante a gente vai entender exatamente o que aconteceu”, afirmou.