Feira de Santana
Assassino de representante comercial é condenado a 45 anos de prisão
A vítima foi morta aos 25 anos de idade no dia 24 de abril de 2003, na Avenida Maria Quitéria, em Feira de Santana
17/04/2015 às 06h42, Por Andrea Trindade
Andrea Trindade
O assassino do representante comercial Japiassú Sales Siqueira Júnior foi condenado a 45 anos, 10 meses e 20 dias no regime fechado. Deste total, a pena de 28 anos e 20 dias foi aplicada pela morte de Japiassú e de 17 anos e 10 meses pela tentativa de homicídio contra o primo da vítima, Alexsandro Cunha Sarmento.
A decisão foi do Conselho de Sentença e da juíza Kátia Regina Mendes Cunha, presidente do Tribunal do Júri, após cerca de 12h de julgamento realizado em Feira de Santana.
O julgamento começou de fato com três horas de atraso, na quinta-feira (16), porque precisou ser suspensa devido ao descumprimento da incomunicabilidade das testemunhas (a lei proíbe que as testemunhas se comuniquem) e a sentença do réu Jheferson Matos Ribeiro foi anunciada já na madrugada desta sexta-feira (17), por volta das 2h30.
O julgamento foi um dos cinco programados para acontecer na segunda edição da Semana Nacional do Júri – mutirão que ocorre simultaneamente em 27 estados brasileiros.
Conforme o promotor Luciano Taque, o Ministério Público entendeu que o resultado foi justo e atendeu ao que a sociedade feirense esperava. Ele também fez comentários sobre as teses e informou que em quatro anos o advogado de defesa deverá entrar com pedido de progressão da pena.
“Com essa sentença, o réu, após aproximadamente oito anos de cumprimento de pena, já vai ter direito à progressão de pena do regime fechado para o regime semiaberto. Como este já estava preso há três anos e nove meses, infelizmente porque nossa lei é muito benévola neste aspecto, daqui a quatro anos o advogado dele vai estar dando entrada no pedido de progressão”, informou.
“Durante o trabalho de defesa ficou evidente que o advogado de defesa foi brilhante e sustentou com muita veemência as teses de defesa. Nesse aspecto a acusação considera que houve um trabalho considerável de rebater os argumentos defensivos. Em relação à prova, o Ministério Público considera que não houve um grande trabalho porque a prova era omissa no sentido da culpa do réu pelos crimes cometidos”, concluiu.
Programa da Rede Globo, que abordou o caso, foi exibido no julgamento
O réu Jheferson Matos Ribeiro foi julgado também pela tentativa de homicídio contra o primo de Japiassú no mesmo dia. O caso teve grande repercussão e foi reproduzido pelo programa Linha Direta, da Rede Globo, que divulgou fotos de Jheferson e fez a reconstituição do caso.
Durante o julgamento presidido pela juíza Kátia Regina Mendes, foram exibidas cenas do programa. Várias testemunhas já foram ouvidas e não há previsão do término do júri, que começou com três horas e meia de atraso.
Muito emocionada, Suzana Pinto Sacramento Siqueira, mãe de Japiassú, disse que a sentença a deixou mais aliviada e fez agradecimentos. “Estou mais aliviada. Não estou completamente tranquila porque eu sinto a falta do meu filho, mas só em receber esse resultado já foi muito em minha vida. Agradeço a Deus por ter colocado esse promotor e essa juíza e ao doutor Marco Aurélio. Foram benção de Deus”, disse.
O crime
Japiassú foi morto aos 25 anos de idade no dia 24 de abril de 2003, na Avenida Maria Quitéria, em Feira de Santana e o autor, Jheferson Matos, foi preso oito anos depois por policiais disfarçados, na cidade de Capim Grosso.
Jheferson foi apresentado na delegacia no dia 29 de julho de 2011 e alegou à polícia que estava sendo ameaçado pelo representante comercial. Acusado e vítima moravam no bairro Parque Ipê, e eram colegas, até que houve um desentendimento no final de uma partida de futebol, na qual trocaram socos e pontapés. Jheferson “levou a pior” na briga e prometeu se vingar. Mas a vingança só foi consumada muito tempo depois, quando a briga parecia estar superada.
No dia do assassinato, Japiassú viajou com o primo Alexsandro a Salvador, em um veículo Gol, que foi cercado na avenida por uma caminhonete D-20, dirigida por Jheferson. Ao sair para o acostamento, Jheferson emparelhou a caminhonete, atirou nas duas vítimas e fugiu. Os primos foram socorridos para um hospital, mas Japiassú não resistiu.
Em 2007, o noticiário local informou que Jheferson andava livremente próximo à casa de Japiassú, mas a polícia nunca conseguiu prendê-lo.
Após alegar legítima defesa e faltar as audiências, o acusado teve sua prisão preventiva decretada e fugiu quando soube da determinação judicial. Ele foi denunciado pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e tentativa de homicídio duplamente qualificado.
Informações e fotos do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade
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