Cultura

Parceria com a ONU garante US$ 1,6 milhão ao Neojiba

Para a representante residente adjunta do Pnud no Brasil, Ana Mulleady, os dados comprovam o impacto social do Neojiba

16/04/2015 às 09h57, Por Kaio Vinícius

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Reconhecido pela excelência na inclusão social, por meio da música, o Programa Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojiba), vai beneficiar mais jovens baianos com o reforço de US$ 1,6 milhão, por meio da parceria entre o Governo do Estado e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

O acordo de cooperação técnica, que amplia a interiorização, estruturação da oficina de lutheria – construção e restauração de instrumentos musicais de forma artesanal – e compra de equipamentos foi assinado, nesta quarta-feira (15), durante ensaio do Neojiba no Teatro Castro Alves (TCA), em Salvador.

A parceria foi formalizada pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimentos Social (SJDHDS) e o Pnud, com vigência de dois anos e recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep). O acordo permite economia de 50% na aquisição de instrumentos por meio de licitações internacionais com isenção de tributos. O programa já recebe investimentos de R$ 7,5 milhões por ano do Governo do Estado por meio da SJDHDS.

Integração social

“Pretendemos ampliar as ações do Neojiba, sobretudo nos bairros com um trabalho de prevenção da violência e orientação da juventude. Com essa assinatura agregamos um elemento importante que é a possibilidade de comprar equipamentos e instrumentos mais baratos”, afirmou o secretário da pasta, Geraldo Reis.

Criado há oito anos, o Neojiba promove desenvolvimento humano e integração social de crianças, adolescentes e jovens, com idade de 6 a 29 anos. As ações de formação musical e apoio pedagógico atendem mil crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, através de sete núcleos em Salvador e 21 no interior do estado.

Oitenta e um por cento dos integrantes se enquadram no perfil do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e recebem bolsa-auxílio para participar das atividades. Na capital e região metropolitana, o programa está presente em áreas atendidas por bases comunitárias de segurança (BCS) como parte das políticas de prevenção social do programa estadual Pacto pela Vida.

Para a representante residente adjunta do Pnud no Brasil, Ana Mulleady, os dados comprovam o impacto social do Neojiba. “Vai além da música, através da qual é possível fortalecer os jovens, dar oportunidades em termos culturais, educacionais e acadêmicos, e [para] eles expressarem através da música algo que têm prazer e gostam de fazer”.

No programa desde o início, a violinista Karen Silva está entre os milhares de jovens que tiveram a oportunidade de desenvolver o talento musical, se apresentar nas principais salas de concerto do mundo e ter futuro melhor como artistas e cidadãos. “Sair da Bahia para fazer música erudita lá fora foi um grande desafio. Hoje tenho mais responsabilidade, pois cresci muito nesses oito anos [no Neojiba] e espero crescer mais ainda”.

A diretora institucional do Neojiba, Elizabeth Ponte, destaca o papel multiplicador dos jovens beneficiados – mais de 4.600 – nas comunidades. “Quando se fala em Neojiba, é muito mais que uma orquestra, que é apenas a parte mais visível do trabalho. Se pensarmos nas famílias, nos amigos e nas comunidades onde eles estão inseridos, dá para ter uma dimensão social”. 

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